A direcção da Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) pretende levar o dossiê sobre a reforma antecipada dos jornalistas e equiparados à Assembleia Nacional para apreciação do presidente e dos partidos políticos, enquanto órgãos legisladores.
A direcção da associação, segundo a Inforpress, almeja reunir-se com o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, e com os partidos políticos, para debater esta reforma já abordada no seio da classe, mas que a AJOC considera ser necessária levar ao parlamento, enquanto órgão legislativo.
Esta preocupação foi manifestada à Agência Cabo-verdiana de Notícias, pelo presidente da direcção da AJOC, Geremias Furtado, no seguimento da audiência da manhã de sexta-feira (4), com o secretário de Estado que tem a coordenação da pasta da Comunicação Social, Lourenço Lopes.
A ocasião também serviu para a AJOC manifestar ao Governo a pretensão de assumir a presidência dos Jornalistas da CPLP ainda antes da sua passagem a Angola, ainda este ano, pelo que ambiciona realizar a assembleia-geral deste órgão lusófono.
Por esta razão, inteirou-se a direcção, junto do Governo, d a possibilidade de fazer advocacia no sentido de Cabo Verde realizar a próxima assembleia-geral
O encontro, segundo Furtado, foi oportunidade aproveitada para a AJOC solicitar o alargamento da concessão ou cedência a título definitivo da sua sede, no Platô, edifício que sempre esteve ligado à comunicação desde o nascimento das edições VOZ DI POVO, passando pelo Novo Jornal e Jornal Horizonte e que tem beneficiado de “avultados investimentos” desta organização jornalística.
Geremias Furtado sublinhou ainda que a nova equipa directiva da AJOC levou ao governante a problemática da “situação precária” dos trabalhadores dos órgãos do sector público, e denunciou que colaboradores contratados para prestarem serviços já levam há mais de quatro/cinco anos nesta situação.
É que, a AJOC entende que se deve rever esta situação, por considerar que a “prestação de serviço é pontual” não se enquadra com o perfil dos profissionais “nesta situação duradoura”.
A sustentabilidade dos órgãos privados, também foi uma inquietação colocada sobre a mesa de trabalho pela AJOC, desde que os benefícios/apoios que vierem a ser distribuídos a esses órgãos reflictam na melhoria das condições do trabalho dos jornalistas, bem como na melhoria salarial.
A direcção destacou a atenção a que a sua equipa constatou do governante, referindo ter saído do encontro “muito optimista”, asseverando que entre a “anterior tutela e a AJOC não houve este canal de diálogo”, pelo que disse acreditar que se está a abrir “novos canais de diálogo” que vão ao encontro do desejo da AJOC.
“Achamos que isto deve-se muito à personalidade do secretário de Estado, uma pessoa que tem conhecimento do panorama e da realidade da comunicação em Cabo Verde porque conhece muito bem o jornalismo e uma pessoa que também se mostrou muito sensível para as questões relacionadas com os jornalistas”, disse.
O governante, explicitou Geremias Furtado, deixou claro que vai contar com a AJOC na definição das políticas do executivo neste sector, situação que, conforme referiu, deixa bastante satisfeita e optimista a direcção que tem estado também a encetar contactos com os órgãos de comunicação social e que teve como ponto de partida a gestora executiva da Inforpress.
c/ Inforpress