A obra bilíngue, português e crioulo cabo-verdiano, de Carlos Mourão, vai ser apresentada esta sexta-feira, pelas 18h00, no Centro Cultural Cabo Verde, em Portugal.
O livro, que segundo nota de imprensa, é fruto da miscigenação de um povo, uma nação, onde o autor prioritariamente vinca e deixa bem claro o conceito de diglossia, é apresentado pela jornalista Paula Martins. O evento contempla ainda declamação de poemas e “surpresas” musicais.
Perfil
Carlos Mourão nasceu na ilha fantástica (Boa Vista) e viveu em Cabo Verde. Mais tarde, radicou-se na diáspora, em Portugal, Espanha e França. É considerado um informático artífice, “tecedor de palavras”, em toda a sua dimensão.
O autor desconstrói e desmistifica os desequilíbrios que existem na relação entre as duas línguas, crioula e portuguesa.
“Na tecedura das suas líricas/poemas, o autor reivindica com espírito leve, livre e clarificado, e inconformista, e contesta com gritos de revolta, reclamando injustiça social, indagando e questionando relações humanas, seus propósitos e suas razões de ser”, lê-se no documento.
Por outro lado, diz a fonte, o autor encanta com narrativas de amores e desamores, numa metalinguagem incorporada em simbiose, recorrendo a “line art”, técnica de ilustração em que o próprio autor desenha e redesenha contornos, paisagens, traçados, esboços, silhuetas, numa convergência plena em sintonia, retratado em rimas metricamente ritmado e entrelaçado.