O fim da colheita da cana sacarina em Porto Novo, Santo Antão, voltou a atirar para o desemprego centenas de chefes de família, especialmente mães, de Porto Novo.
Citados pela Inforpress, os agricultores garantem que a safra de cana de açúcar, que decorria desde Janeiro, é uma actividade que absorve “centenas” de pessoas, muitas das quais chefes de famílias, chefiadas por mulheres, que regressam agora ao desemprego.
Ribeira das Patas é uma das zonas mais afetadas, uma localidade agrícola, onde a situação social é considerada “difícil” pelos líderes associativos locais, onde o desemprego afecta muitas mulheres.
Arlindo Delgado, presidente da Associação para o Desenvolvimento Integrado da Ribeira das Patas, admite que a safra de cana sacarina socorreu, nos últimos meses, “muitas pessoas” que voltaram ao desemprego.
Já no Tarrafal de Monte Trigo, Analides Évora, agricultor, refere que essa colheita permitiu rendimento a “dezenas” de famílias, durante os últimos cinco meses.
Também, na Ribeira da Cruz, Chã de Branquinho, Martiene, Alto Mira as informações apontam para “muita gente” envolvida nesta actividade, segundo os agricultores, que garantem que essa actividade contribuiu para a redução do desemprego no município.
A nível nacional, dados da Inspecção-Geral da Actividade Económica (IGAE) estimam que cerca de três mil pessoas estão envolvidas, anualmente, na produção da aguardente em Cabo Verde.
c/Inforpress