O governo apresentou, esta segunda-feira (31), o projecto de criação da Zona 01 Cabo Verde, no âmbito da primeira zona de inteligência colectiva de África, que visa engendrar três mil postos de trabalho.
Num período de 10 anos, e até o final de 2021, esta iniciativa pretende selecionar 300 jovens talentosos com até 35 anos de idade de Cabo Verde e 26 países de qualquer outro ponto de África para empresas nacionais e multinacionais.
Trata-se de uma metodologia inovadora de formação em programação informática, criada por franceses e israelitas através da casa 42, com execução da empresa Zona 01, que em Cabo Verde tem a parceria do parque tecnológico na cidade da Praia e numa primeira fase exige apenas conhecimentos de inglês e raciocínio lógico.
O secretário de estado da economia digital, Pedro Lopes, apresentou o projecto da criação do primeiro centro de inteligência colectiva em África, na região oeste africana e em Cabo Verde, na sequência do acordo recentemente assinado entre o governo e a empresa criada por israelitas e franceses, Zona 01, que está voltada não só para formação como para colocação de quadros em empresas, visando a criação da Zona 01 Cabo Verde.
“O nosso objectivo é reforçar a formação de jovens cabo-verdianos na área da economia digital e também dar a força às empresas para ter os melhores técnicos para trabalhar nesta área. Isto enquadra-se também no contexto da construção do parque tecnológico, que estará finalizada até o final do ano, mas o objectivo é exactamente até ao final deste ano termos 300 jovens para se formarem como programadores, depois o objectivo é, em 10 anos, criarmos aqui três mil postos de trabalho. Estamos a falar do primeiro centro de inteligência colectiva de toda a África. Basicamente, para além da formação, o que permite depois é vender o talento destes jovens, através do outsourcing para grandes empresas, sejam elas nacionais mas também internacionais”, diz o secretário de estado da economia digital, Pedro Lopes.
A metodologia elaborada pela chamada Casa 42, que se baseia na aprendizagem entre pares é totalmente inovadora e para a primeira turma deste centro de inteligência colectiva garante Pedro Lopes, nenhuma experiência anterior em programação de computadores ou qualificações académicas será exigida.
De acordo com Pedro Lopes, o projecto do primeiro centro de inteligência colectiva em África visa satisfazer as necessidades em inovação e programação digital, desenvolvimento de competências e empregabilidade dos talentos exigidos pela crescente digitalização da economia. Trata-se do primeiro passo de um processo que, além da beneficiação de interesse pelo governo, abrangerá a conclusão do parque tecnológico, cujo prazo o governo vem ditando para até final de 2021. A empresa Zona 01 opera em diversos locais pelo mundo fora, de acordo com a demanda do mercado.
c/ RCV