Embora esperançosos, os operadores económicos da ilha do Sal receiam uma nova vaga do vírus, sem a população vacinada e dizem haver muitas incertezas quanto à retoma no turismo na ilha, retoma essa que será gradual. Enquanto isso a situação dos operadores só se agrava.
Ciente do processo gradual que vão ter de enfrentar em relação à retoma do turismo no Sal, o dono do Hotel Odjo d’Água, Patone Lobo, prevê o regresso dos turistas só para 2022, embora existam anúncios da chegada dos voos a partir de meados de Junho.
Contudo, o receio de voltar à estaca zero, devido a uma possível nova vaga do vírus, que prevalece, tendo em conta que a população não está vacinada.
“Ainda os tours operadores não entraram em contacto connosco, as datas para reabertura já foram marcadas várias vezes, mas as coisas não chegam a acontecer”, explica, citado pela Inforpress, sobre o cenário real na ilha.
O Hotel Odjo d’Água, diz, “vai funcionando, e está preparado para receber turistas com segurança aos visitantes”, mas Patone Lobo alerta que, enquanto a população não for vacinada, coloca “dúvidas”.
O empresário chama atenção ainda para as eleições presidenciais que se aproximam, que vão ser realizados no início do inverno, e caso não houver cautela poderá condicionar a retoma do turismo se se registar o aumento dos casos.
“Se tivermos um acréscimo de covid em Outubro e Novembro, o Inverno também vai pró ar, ficando agora à espera da chegada do próximo Inverno de 2022, o que será muito complicado, porque as empresas não aguentariam”, reflectiu.
Cada vez pior
Por sua vez, Anya Vissers, dona do PUB Calema, em Santa Maria, considera que a situação dos operadores económicos está cada vez pior.
“Estamos mesmo mal… nós no Sal pior ainda, porque dependemos do turismo. Não sei aonde vamos parar se a gente não estancar esta pandemia. Muitas pessoas estão a fechar o seu negócio, porque não há como sustentar. A gente não factura e mantêm-se os compromissos e responsabilidades. Isso é uma afronta”, lamentou
Anya Vissers acredita que a vacinação será a “tábua de salvação”.
C/Inforpress