Nos primeiros três meses de 2021, o indicador de confiança no consumidor manteve a tendência ascendente registada nos últimos trimestres, confirmando o aumento da confiança das famílias cabo-verdianas, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Conforme o Inquérito de Conjuntura no Consumidor, realizado pelo INE, a confiança no consumidor manteve a tendência ascendente dos últimos trimestres, confirmando a confiança das famílias cabo-verdianas. À semelhança dos indicadores dos primeiros três meses de 2020.
Este resultado, segundo a mesma fonte, deveu-se à apreciação positiva das famílias sobre a sua situação económica atual e à evolução do desemprego no país os próximos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo.
“Para as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a sua situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo. Na opinião dos inquiridos, tanto os preços de bens e serviços como o desemprego no país aumentaram relativamente ao mesmo período do ano 2020”, lê-se na nota do INE
Relativamente à poupança dos cabo-verdianos, 86,2% dos inquiridos no primeiro trimestre do ano de 2021 consideraram que, ainda, a atual situação económica do país não permite poupar dinheiro. No mesmo período em 2020, esse percentual foi de 92,5%, o que representa uma diferença de 6,3 pontos percentuais (pp.) entre os dois períodos.
De realçar que 10,1% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, era de 7,2%, apresentando um acréscimo de 2,9 pp.
De acordo com os inquiridos, para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo. Para as famílias inquiridas, tanto os preços de bens e serviços como o desemprego deverão diminuir face ao trimestre homólogo.
Quanto à intenção de comprar um carro nos próximos 12 meses, 74 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos.
Relativamente à intenção de comprar ou construir uma casa nos próximos dois anos, 27,0% dos inquiridos, no primeiro trimestre de 2021, afirmaram que provavelmente irão construir ou comprar uma casa (contra 13,0% no período homólogo) representando, um aumento de 14,0 pp.