O presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, defendeu, na terça-feira (25), um posicionamento claro e firme por parte da União Africana (UA) e da CEDEAO, face à crise política no Mali, que teve novos desenvolvimentos ultimamente.
O chefe de estado, segundo a Inforpress, falava à margem do encontro que manteve com o presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, quando foi instado a falar sobre o Dia da África e a luta contra a covid-19 no continente.
Jorge Carlos Fonseca salientou que essa luta só será eficaz com unidade africana, salientando que não pode haver situações como se vive no Mali com um processo de transição, com compromissos, com acordos e depois haver detenção por militares do Presidente em transição, do primeiro-ministro, “em clara violação” dos acordos estabelecidos “e desrespeito” àquilo que foi assumido pelos responsáveis.
“As partes nesse país têm que se entender, têm de dialogar e a União Africana e a CEDEAO têm de ter uma posição de muita clareza e firmeza, e uma posição articulada com outros parceiros internacionais que é a única forma de se cumprir as exigências, dos militares regressarem às casernas de haver diálogo, consenso político para que a transição se realize e ao malianos tenham direito a paz, tranquilidade e ao progresso”, realçou.
Em comunicado emitido na terça-feira e citado pela Lusa, os presidentes das comissões da União Africana e da CEDEAO declararam” profunda preocupação com a evolução da situação política no Mali, na sequência da detenção do Presidente, Bah Ndaw, e do primeiro-ministro, Moctar Ouané.
Os dois órgãos condenam veementemente este acto extremamente grave que não pode, de forma alguma, ser tolerado à luz das disposições relevantes da CEDEAO e da União Africana, razão pela qual exortaram os militares a regressarem aos quartéis.
A libertação “imediata” das duas principais figuras do Estado maliano também foi exigida pelas duas organizações.
O Presidente do Mali, Bah Ndaw, e o primeiro-ministro, Moctar Ouané, foram, na terça-feira, detidos e transportados para um campo militar perto de Bamako, capital do país, por um grupo de soldados insatisfeitos com
c/ Inforpress