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Crise: Aumenta a pressão sobre a Bielorrússia

O novo capítulo da crise bielorrussa chegou ao Desporto. Em Riga, na Letónia, onde decorre o Campeonato do Mundo de Hóquei no Gelo, o Presidente da Câmara retirou a Bandeira da Bielorrússia, mas a Federação Internacional da Modalidade não gostou.

A Federação Internacional de Hóquei no Gelo ficou desgostoso com o gesto do edil de Riga de retirar a Bandeira da Bielorússia, sustentando que a decisão vai contra o “slogan” do anfitrião: “Paixão Sem Fronteiras” e exigiu a reposição do Estandarte ou a retirada da sua, que foi o que aconteceu.

Também o Sector da aviação está a ser afectado. Muitas companhias aéreas estão a evitar sobrevoar a Bielorrússia, depois da União Europeia (UE) proibir o País de fazer o mesmo sobre os Estados-Membros.
É a “Europa em acção”, como escrevia o Presidente do Conselho Europeu nas redes sociais, decisão aplaudida pela Oposição bielorrussa.

A antiga adversária do Presidente bielorrusso às Presidenciais, Sviatlana Tikhanovskaya, afirmava que esta “atenção dos países Democráticos”, o “isolamento político de Lukashenko, as sanções” e as conferências que estão a ser organizadas sensibilizam para a situação na Bielorrússia e levarão à compreensão de que é preciso “negociar novas Eleições”.

A preocupação em relação ao jornalista, Roman Protasevich, detido pelas autoridades bielorrussas naquilo a que a UE chamou de “sequestro” de um avião comercial é grande. Sobretudo após ser divulgado um vídeo em que este assumia ser um dos responsáveis pelos protestos que ocorreram em Minsk. Foi também publicada, posteriormente, uma fotografia da sua namorada que viajava com ele e foi também retirada da aeronave e levada.

Muitos países exigem a sua libertação imediata enquanto a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) pede uma investigação, urgente, ao desvio do avião da Ryanair que viajava da Grécia para a Lituânia, quando foi obrigado a mudar de rota, e a parar na Bielorrússia, alegando-se haver uma bomba a bordo. Também o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações unidas) vai realizar uma Sessão de Emergência.

O Chefe da Diplomacia lituana, Gabrielius Landsbergis, mostrava-se “satisfeito pelo facto de os EUA (Estados Unidos da América) estarem a trabalhar em conjunto com a UE nesta matéria”, acrescentando que é preciso enviar “esta mensagem transatlântica ao ditador da Bielorrússia, Lukashenko. O principal objective, em termos diplomáticos, é que este seja visto como um incidente internacional”, frisava o chefe da  Diplomacia da Lituânia.

Mas Alexander Lukashenko está habituado a estar sob pressão, após meses de protestos que se seguiram à sua reeleição. A Oposição do País fala em manipulação do escrutínio. O Chefe de Estado respondeu às manifestações com violência policial, que fez centenas de mortos, de acordo com organizações não-governamentais.

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