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Cultura

IPC quer criar uma “defense force” na Cidade Velha para fazer frente às construções clandestinas

O Instituto do Património Cultural (IPC) pretende organizar a criação de um “defence force” (força de defesa), para fazer face ao grande número de construções clandestinas na Cidade Velha, património mundial da humanidade.

A informação é avançada pelo presidente do IPC, Jair Fernandes. Segundo o responsável, já foi identificado um grande número de construções clandestinas, “que é um assunto recorrente e que é preciso uma actuação enérgica”, por forma a fazer face a tais situações.

Daí a criação da força de defesa, que irá integrar o Ministério da Cultura, através do IPC, a Polícia Nacional, a Câmara Municipal e o ministério do Ambiente, criando assim, um quadro excepcional de actuação junto das comunidades.

Essas considerações saíram de um encontro realizado com entidades da Cidade Velha para analisar o plano de gestão do sítio histórico, elaborado e aprovado pela UNESCO em 2019, bem como analisar, de forma clara, as responsabilidades de cada instituição dentro do mesmo.

Conforme Jair Fernandes, o encontro serviu de igual modo, para fazerem uma análise daquilo que tem sido a Cidade Velha face à pandemia, uma vez que aquele sítio histórico, além de ser património mundial é uma “cidade viva”, com uma dinâmica contemporânea e habitada.

“A pandemia acabou por impactar directamente no sítio histórico, hoje praticamente não temos turistas a visitarem Cidade Velha”, disse, sublinhando que este aspecto acaba por implicar as comunidades que trabalham com o sector turístico.

Jair Fernandes destacou, outro por lado, a necessidade de uma articulação com todos os sectores na Cidade Velha e com o próprio sector privado, comunicando que têm já previsto, igualmente, um próximo encontro com os operadores económicos.

Conforme revelou, a ideia é que até o final de Junho, no quadro do 12º aniversário da elevação da Cidade Velha a Património Mundial da Humanidade, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas irá apresentar o plano de relançamento da Cidade Velha, lembrando que todo o circuito histórico antes administrado pelo privado passou para o Estado de Cabo Verde.

Por isso, afiançou, a gestão daquele património mundial, demanda uma articulação institucional e uma participação daquela comunidade.

Avançar com algumas actividades, nomeadamente a sensibilização da comunidade, não só no que tange ao combate à covid-19, mas também em relação à gestão do sítio histórico e a ausência dos turistas, consta da lista de decisão saída da reunião, segundo o presidente do IPC.

C/Inforpress

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