A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) diz esperar que o atual governo esteja mais aberto, que a anterior tutela de comunicação social, liderada por Abraão Vicente, para dialogarem sobre as questões relacionadas com o sector.
O presidente da associação, Geremias Furtado, afirma que o sindicato conta com a parceria do Governo para juntos promoverem a liberdade de imprensa em Cabo Verde.
“Esperamos que venha a dar resultados. Que a AJOC passe a ser ouvida em questões que tenham a ver com atividade jornalística no país, que tenham a abertura que não havia com a outra tutela. Queremos que o Governo seja um parceiro na promoção da liberdade de imprensa no país”, avança.
Contratos precários no sector público e privado e financiamento do sector privado da comunicação social são algumas questões que a AJOC espera resolver, em breve, com o apoio do novo Governo e com a Inspeção Geral do Trabalho.
“Temos recebido várias queixas dos nossos associados. Jornalistas com contratos de trabalho precários, foram contratados para prestarem serviços mas já estão há mais de três, quatro e até sete anos, na mesma condição, então dever-se-á equilibrar o salário e as condições de trabalho. Já no sector privado a AJOC defende que o Governo deve criar mecanismos que dê algum alívio financeiro aos órgãos privados, de forma que va incidir nas condições de trabalho e salarial dos jornalistas”, afiança o presidente da AJOC.
Com o novo Governo a pasta da comunicação social, que antes estava sob a tutela do ministro Abraão Vicente, passou a estar sob a tutela do Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva e coordenado pelo Secretário de Estado para o sector, Loureço Lopes.
Recorde-se que Cabo Verde caiu este ano dois pontos no índice de liberdade de imprensa dos Reporteres Sem Fronteiras.
C/RCV