Sueli Santos é uma, entre muitos outros jovens que ficaram no desemprego, no último ano, desde que a pandemia obrigou ao encerramento dos hotéis na ilha do Sal. Em regime de lay-off há um ano e um mês, a jovem, até então administrativa no hotel Meliá Dunas, decidiu abrir o próprio negócio, na área de massagens e terapia.
“É delicado estar em situação de desemprego ou com o ordenado reduzido na ilha da ilha do Sal, onde o custo de vida é elevado, com rendas para pagar, contas e alimentação, sem contar a saúde, tendo em vista que estamos numa pandemia, e, a qualquer momento, eu ou um familiar pode precisar de cuidados médicos”, explica a jovem, natural de São Vicente.
A massagem, entretanto, não surgiu por acaso na vida desta empreendedora que, apesar de nunca ter explorado a área, era algo que já despertava o seu interesse.
“A sensação de provocar um momento de prazer e bem-estar nas pessoas e de dar o meu contributo para melhorar a sua saúde me traz uma paz e satisfação inexplicáveis”, garante.
A decisão de investir na massagem, entretanto, surgiu quando a jovem assistiu a um anúncio de formação de massoterapia.
Depois de fazer duas formações de massoterapeuta, Sueli Santos começou a atender, maioritariamente estrangeiros, a viver no Sal. E tendo em conta a pandemia, segundo diz, para o maior conforto do cliente, as sessões são feitas ao domicílio.
“Quando, por algum motivo, não é possível fazer na casa do cliente, eu tenho um espaço onde faço o atendimento”, acrescenta.
Do seu menu contam massagem relaxante, profunda, pedras quentes, aromaterapia e ainda a técnica lomi lomi, que é um tipo de massagem feita com cotovelos e antebraço, com maior pressão sobre os músculos do corpo.
Conciliar massagem e administração
Esta pausa na sua profissão não foi de todo negativa. Foi através dessa brecha que a jovem encontrou tempo e motivação para se dedicar a uma nova paixão.
E por isso, assim que a situação voltar ao normal, ela pretende conciliar as duas coisas.
“Tendo em conta que ainda não há uma previsão para voltar ao trabalho no hotel, por agora vou me concentrar no fortalecimento do meu negócio e em conquistar o meu lugar no mercado para que, quando tiver de voltar à administração, eu consiga conciliar as duas áreas”, prevê.
Há cinco meses no ramo, a jovem chega a atender uma média de 10 clientes por semana, deixando transparecer que além de uma nova paixão, este negócio é uma aposta ganha.