O deputado do MpD, Orlando Dias, diz que foi vítima de uma “traição organizada” pelo seu próprio partido e grupo parlamentar. Eleito na lista do Movimento para a Democracia (MpD) nas últimas legislativas, Orlando Dias viu a sua candidatura a 1 º Vice-presidente da Mesa da Assembleia Nacional chumbada, durante a sessão de investidura dos eleitos nacionais para a décima legislatura, que teve lugar ontem, na Assembleia Nacional.
Orlando Dias, eleito pelo círculo eleitoral da África, precisava de 37 votos a favor para se eleger, mas obteve apenas 36 votos favoráveis, 35 não e uma abstenção. E tendo em conta que o MpD tem 38 deputados eleitos, Dias sentiu-se “traído” pelos colegas.
“No mínimo dez deputados eleitos do meu próprio partido traíram-me, incluindo membros do governo (5). Haverá consequências imprevisíveis”, escreveu na sua página do Facebook, deixando transparecer claramente o tom de ameça.
Com a rejeição de Orlando Dias por próprios colegas do partido, o MpD propôs o nome do deputado Armindo da Luz, eleito pelo círculo eleitoral de Santo Antão. Armindo Luz foi assim eleito. Este passou com 40 votos sim, 8 contra, 22 votos de abstenção e dois votos em branco.
Resta agora saber quem “tramou” Orlando Dias e quais as consequências dessa fissura no seio do grupo parlamentar do MpD.