A madrugada desta segunda-feira, 17, ficou marcada por uma nova série de intensos bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza, depois de uma semana de violência entre o Estado Hebraico e o Hamas palestiniano, que já fez mais de 200 mortos e mil e 400 feridos.
Centenas de edifícios foram atingidos na noite de domingo e as primeiras desta segunda-feira, com fortes bombardeamentos perpetrados pelo Exército israelita sobre o Enclave da Gaza.
“A nossa batalha contra a organização terrorista continua, com a máxima intensidade. Estamos a cobrar preços bastante pesados ao Hamas, pela sua agressão inaceitável. O Exército conduziu ataques contra mais de mil e 500 alvos, nos últimos dias”, anuncia Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro israelita, citado pelo pt.euronews.com.
Em Jerusalém-Leste, o Bairro de “Cheikh Jarrah” voltou a ser palco de tensões entre as comunidades judaica e árabe. Aliás, é de se destacar que foi a ameaça de expulsão de famílias palestinianas em benefício de colonos judeus neste Bairro que esteve na origem do começo desta actual escalada de violência, começada na segunda-feira da última semana, 10.
Domingo, 16, saldou-se no dia mais sangrento desde o começo do conflito, com a morte de 42 palestinianos, entre os quais, oito crianças, em bombardeamentos que atingiram, nomeadamente, uma rua movimentada de Gaza.
O Exército israelita afirmou que o Hamas e outros grupos armados já dispararam mais de três mil e cem “rockets”, na última semana, mas que a maioria foi interceptada pelo Sistema de Defesa Anti-Míssil, denominado de “Cúpula de Ferro”.
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) voltou a reunir-se, de urgência, este domingo, 16, mas sem conseguir, novamente, adoptar uma Declaração-Comum, nem propostas que permitam obter, rapidamente, um cessar-fogo.
A posição dos Estados Unidos da América, aliados de Israel e que condenam a violência, mas rejeitam uma Declaração-Conjunta, é criticada pela maioria dos outros membros do Conselho de Segurança.
O Secretário-Geral da ONU, o português António Guterres, alertou para o risco de “uma crise securitária e humanitária incontrolável”, sem um rápido cessar-fogo.