Os mais recentes episódios de violência entre israelitas e palestinianos, em particular os bombardeamentos mortíferos na Faixa de Gaza, estão a motivar manifestações um pouco por todo o Mundo. No terreno, a madrugada deste sábado, 15, …
Em Bruxelas (Capital da Bélgica), perto de cem pessoas juntaram-se frente à Embaixada de Israel. O protesto pacífico – reporta o portal pt.euronews.com -, durou perto de uma hora, durante a qual os manifestantes entoaram cânticos e agitaram bandeiras palestinianas.
Bastante mais participada e agitada foi a Manifestação em Copenhaga, na Dinamarca, que juntou quase quatro mil pessoas, também frente à Embaixada de Israel. A Polícia usou gás lacrimogéneo, para dispersar um grupo de manifestantes, que começou a apedrejar os agentes presentes no local.
Em Istambul, Capital da Turquia, quase 300 pessoas juntaram-se para uma cerimónia fúnebre simbólica, pelas vítimas dos bombardeamentos israelitas, na Faixa de Gaza, depois das tradicionais orações de sexta-feira.
Durante o protesto, ouviram-se palavras de ordem de apoio ao Hamas e pedindo a intervenção da Turquia no conflito.
No Bangladeche, as manifestações juntaram milhares de pessoas, na maioria apoiantes do Partido Movimento Islâmico, depois das celebrações do “Eid al-Fitr” (que marca o Fim do Ramadão, a maior Festa Islâmica), na principal Mesquita (Igreja muçulmana) da Capital Daca. Isto apesar dos apelos do Governo à contenção, no quadro do surto de COVID-19, que assola o sub-continente indiano.
Madrugada mortífera
As bombas israelitas voltaram a cair sobre Gaza, na última noite e aumentaram o balanço mortal desta escalada de violência entre israelitas e palestinianos. Só a destruição de uma casa na parte Ocidental da Cidade de Gaza fez, pelo menos, sete mortos, um balanço que pode vir a agravar-se, naquele que é, até agora, o ataque mais mortífero por parte de Israel.
Desde segunda-feira, os raides israelitas fizeram já 126 mortos, incluindo mais de 30 crianças.
Enquanto isso, a ONU (Organização das Nações Unidas) insiste no apelo à Paz. O porta-voz Stéphane Dujarric falou em nome do Secretário-Geral, o português António Guterres, pedindo “a que todas as partes cessem o conflito”.
E prossegue: “A escalada militar tem causado sofrimento, destruição e morte de civis incluindo, tragicamente, muitas crianças”.
Os ataques são uma resposta ao disparo de roquetes, por parte do Hamas e outros grupos armados, a partir de Gaza.
Esta mais recente escalada começou com a tentativa de despejo de famílias palestinianas em Jerusalém Oriental e confrontos na Esplanada das Mesquitas.
A detenção de um líder muçulmano, no Norte de Israel foi pretexto para novos confrontos entre judeus e palestinianos em várias zonas de Israel e dos Territórios Ocupados.
Jerusalém Oriental, onde tudo começou, continua a ser palco diário de violência. Em Hébron, na Cisjordânia, o funeral de um homem morto durante uma medição de forças com o Exército israelita foi, também, o pretexto para novos confrontos e novas manifestações anti-Israel.