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Ambiente

Dia mundial do atum celebrado pela ONU

Com a efeméride, assinalada este domingo (2), a ONU pretende demonstrar a importância do atum na economia dos países, bem como sensibilizar as populações para a proteção e conservação da espécie.

Em relatório, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, revela que a captura de atum e peixes da mesma família continuam a aumentar. Com os níveis mais altos a serem registados em 2018, cerca de 7,9 milhões de toneladas, no mundo inteiro.

Cabo Verde integra a Comissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico (ICCAT) e, à semelhança de outros países costeiros, fornece anualmente, dados sobre o desembarque e captura do atum na zona económica exclusiva.

Conforme o diretor-geral dos Recursos Marinhos, Albertino Martins, os últimos dados mostram que Cabo Verde tem o potencial para capturar 15 a 20 mil toneladas de atum por ano. Porém, o país consegue pescar anualmente apenas cerca de 1000 toneladas. Valor considerado “modesto” quando comparado com o excedente.

“Por isso fazemos acordos de pesca, por exemplo, com a União Europeia, por não termos a capacidade de pesca suficiente para capturar” explica Albertino Martins.

Por esta razão, o diretor-geral, avança que o ministério da Economia Marítima visa aumentar a captura do excedente “de forma sustentável”. E para tal o ministério, através da Direção-geral dos Recursos Marinhos, está a incentivar os armadores nacionais a fazerem melhorias nas suas embarcações, “com frotas mais modernas que atinjam os bancos de pesca mais longínquos”, seguindo as medidas de gestão sustentável em vigor para o Atlântico.

Está agendada para junho próximo uma reunião da Comissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico, onde serão discutidas políticas de pesca como o total admissível de captura (TAC), a redução da pesca dos juvenis, medidas que não põem em causa outras espécies marinhas, como as aves, bem como outras políticas ambientais.

C/RCV

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