A Câmara Municipal de São Domingos reagiu hoje às acusações de perseguição à coordenadora do Cadastro Social Único no município, Geisa de Pina. A autarquia alega que a falta de articulação, com a referida coordenadora, e o “favoritismo” estão na origem da suspensão do serviço.
A Câmara Municipal de São Domingos reagiu esta quarta-feira,28, às acusações do Movimento para a Democracia (MpD), que a acusa de perseguição contra a coordenadora do Cadastro Social único (CSU) naquele município e de agir à margem da legalidade, na sequência da suspensão dos serviços, anunciado no passado dia 24 de Abril
Em causa estaria a falta de diálogo e articulação com a actual coordenadora local do programa, cuja substituição foi solicitada desde o mês de Março. A CM aponta favoritismo e violação de princípios éticos.
Em declarações à imprensa, a vereadora da Habitação, Coesão Social e Recursos Humanos, Inês Gonçalves, esclareceu que na base da suspensão, temporária, está a falta de condições de trabalho com a coordenadora local do programa, a quem acusa ainda de favoritismo.
Segundo Inês Gonçalves, desde meados de Março a Câmara Municipal tem estado a tentar articular-se com o Ministério da Família e Inclusão Social, sobre a situação do CSU no concelho, nomeadamente a substituição da actual coordenadora, embora sem sucesso.
“No mês de Março, a CM solicitou a substituição da coordenadora porque não fazia nenhuma articulação com a equipa camarária, desautorizava ordens superiores e intimidava os colegas que trabalham no mesmo sector”, referiu.
A administração pública, sustenta, “gere-se pelos princípios da universalidade e da igualdade”. Porém, continua, em São Domingos a equipa de coordenação do CSU “viola todos os princípios, cometendo irregularidades e injustiças, com favorecimento de amigos, vizinhos e colegas da instituição”.
“Neste ambiente de descaso e violação dos princípios éticos do funcionamento das instituições, a câmara entendeu por bem suspender o serviço, até a nomeação da nova coordenadora, uma vez que a qualidade do serviço prestado não tem sido boa e não está a servir os interesses das populações”, justificou a vereadora.
Quanto à alegada perseguição, a vereadora desmente a acusação, assim como a de que durante a campanha eleitoral o seu partido teria dito que o CSU é um serviço da autarquia e não do Governo.
Inês Gonçalves avançou ainda que o serviço central, ou seja o MFIS, comprometeu-se em capacitar a nova coordenadora ainda esta semana, e que, a cumprir esta promessa, o serviço será retomado na normalidade já na próxima semana.