No dia em que se assinala o dia do professor cabo-verdiano, os professores da Universidade de Cabo Verde unem-se para debater a necessidade de resolução de todas as pendências antes da entrada em vigor do novo regulamento profissional dos docentes.
O professor Adilson Semedo, da Faculdade de Ciências Sociais Humanas e Artes (FCSHA) da Uni-CV, aponta que se realizam hoje encontros no Campus do Palmarejo e nos três campus de Educação e Desporto (EAD) na Praia, Assomada e Mindelo, para debater as questões da classe.
“De uma forma geral a questão de fundo é o regulamento do desenvolvimento profissional do docente da Uni-CV. A proposta foi enviada pela reitoria no mês passado e suscitou uma nota de repudio por parte dos professores. A reitoria respondeu à nota e essa nota suscitou novamente uma onda de reações. Então, o propósito é utilizar e fazer do dia dos professores um dia de encontro, de reflexão em torno dessa questão do regulamento e também passar aos representantes dos professores qual é o posicionamento dos docentes em relação a este documento, já que está na ordem do dia para ser discutido na próxima reunião de conselho da universidade, no dia 30”, explica o professor.
Os docentes da universidade pública esperam a regularização das pendências nos termos anteriormente prometidos e acordados. Adilson Semedo, realça que a base da contestação nem sequer é o regulamento.
“Não estamos exatamente contra o regulamento em si, porque este acaba por espelhar muito aquilo que é o estatuto da própria Uni-CV e do pessoal docente. O que levantou uma série de questionamentos é que há um conjunto de situações que antecedem este regulamento e que não foram regularizadas. Por exemplo, a transição dos professores da IUE para a Uni-CV assegurou a esses professores um conjunto de direitos que não foram também cumpridos, não se fez o trabalho que se tinha acordado”, lamenta.
Além disso esperam o cumprimento integral de uma proposta formulada em 2017 da própria reitora para regularizar todas as situações pendentes, tanto a nível das progressões como das reclassificações.
A ideia é a partir das posições acordadas, hoje, nos encontros nos diversos Campus convergir para uma posição nacional única que vai ser a base do diálogo com a reitoria da Uni-CV.
C/RCV
