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Covid-19

Estado de emergência descartado devido a consequências económicas e sociais

O Primeiro-ministro descartou esta terça-feira,20, um novo estado de emergência no país, tendo em consideração as consequências sociais e económicas. Entretanto, anunciou, o Ministro da Administração Interna vai coordenar amanhã uma reunião sobre o reforço das ações de fiscalização para garantir, sobretudo, o uso de máscaras em espaços públicos e privados.

“Vamos realizar uma reunião amanhã [quarta-feira, 21], que será coordenada pelo ministro de Administração Interna sobre as acções de fiscalização e para passar directrizes  à Polícia Nacional, IGAE, Protecção Civil e a Direcção Nacional da Saúde, essencialmente no sentido de assegurar o uso de máscaras”, precisou o chefe do Governo.

O primeiro-ministro fez essas considerações, em conferência de imprensa, depois de ter reunido, hoje, o Gabinete de Crise, em que alguns membros, por se encontrarem fora da Cidade da Praia, participaram através da plataforma digital.

Para Correia e Silva, tem havido um “certo relaxamento” no uso de máscaras, por parte dos serviços de atendimento, quer públicos, quer privados.

Segundo ele, as acções têm de ser “proativas e pedagógicas”, mas também com “alguma determinação” para que se passe a fazer o uso de máscaras, além de evitar “muitas aglomerações”.

“Estamos na linha de aumentar a vacinação, os profissionais de saúde já foram grande parte vacinados e já começamos com os idosos”, destacou o primeiro-ministro, para quem o Governo está a fazer um “grande esforço”, para o país dispor de mais stocks de vacinas, porque, considera, é um “instrumento mais poderoso e mais eficaz” de combate à covid-19.

Na sua perspectiva, enquanto não houver vacinas suficientes, a acção de prevenção deve continuar a ser promovida.

Espera, entretanto, que haja  uma “resposta positiva”  por parte dos cidadãos para um “bom combate” à covid-19.

Instado se será coerente o Governo vir pedir aos cabo-verdianos para evitarem aglomerações, quando durante as recentes campanhas eleitorais, os partidos não respeitaram as directivas, Ulisses Correia e Silva afirmou: “A campanha eleitoral pressupõe deixar funcionar a democracia. Em campanha eleitoral é difícil evitar aglomerações. Temos responsabilidade de governar o país. Não podemos ficar condicionados àquilo que aconteceu na campanha eleitoral. A responsabilidade primeira é com a saúde e com a vida”.

Correia e Silva disse ainda que quem esteve em campanha foram os partidos, e não o Governo, e que não se pode fazer leituras lineares, pois, segundo diz, não há evidências de que o aumento de casos esteja relacionado com a campanha eleitoral.

Antes de reunir o Gabinete de Crise, Correia e Silva  encontrou-se com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca,  com a situação da pandemia da covid-19 no centro da agenda.

C/ Inforpress

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