O candidato da UCID às legislativas de 18 de Abril, António Monteiro, chegou, no domingo (11), a Santiago, onde iniciou a campanha com críticas à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e ao MpD.
O líder dos democratas-cristãos considera que o cancelamento do debate previsto para a noite de domingo, foi um frete da CNE ao MpD, partido que acusa de esbanjar dinheiro na campanha.
Foi em Tchadinha que António Monteiro iniciou a corrida ao voto em Santiago Sul, um plano B para aproveitar o dia que inicialmente estava reservado ao debate com Janira Hopffer Almada e Ulisses Correia e Silva, que entretanto foi cancelado na sequência da queixa feita pelo PTS, junto da CNE.
“Um partido que não concorre em todos os círculos eleitorais não pode, à última da hora, vir exigir que é candidato a primeiro-ministro e, portanto, quer participar do debate. É legítimo que pense assim, mas tem um acordo e esse acordo deveria ser cumprido. A Comissão Nacional de Eleições aproveitou essa exigência desse partido, e de forma a querer fazer algum frete, prestar algum serviço ao MpD, resolveram cancelar o debate. O MpD não quis este debate”, disse António Monteiro.
O líder da UCID, que assume que o debate era uma peça chave na estratégia para a última semana da campanha, diz que agora vai ter de correr mais para assim contrariar os recursos que o MpD exibe nesta corrida.
“Cheguei aqui na Praia e quando vi tantos ‘outdoors’ do MpD, de Ulisses Correia e Silva, eu disse que este é um país super rico, o país mais rico do mundo. No espaço de quatro quilómetros, contei mais de 20 ‘outdoors’. No mesmo lugar eu vejo dois a três outdoors. É impressionante e enquanto isso muita gente dorme sem jantar, muita gente não tem 100 escudos para comprar uma aspirina, um esbanjar de dinheiro que envergonha qualquer cidadão honesto deste país e espero que a CNE avalie de onde todo este dinheiro está vindo. Não é normal aquilo que acontece, este país é pobre”, lamentou.
António Monteiro faz campanha esta segunda-feira,12, em Santiago Norte.