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Política

Legislativas: Vox Pop – Como desportista, o que espera do novo Parlamento, depois das eleições de 18 de Abril?

Nome: Vadylene Fonseca

Modalidade: andebol, dirigente da equipa feminina do Sport Club Atlético e professora de educação física; Ribeira Brava, São Nicolau.

Vadylene Fonseca diz estar na expectativa de uma maior promoção e divulgação do desporto na sua ilha natal, que é “pouco visível”, e, ainda, defende mais subsídios e apoios para o desporto local.

“Há empresas públicas nacionais que patrocinam várias equipas nas outras ilhas e nós não temos sequer um por cento desse apoio”, observa Vadylene Fonseca, que, ainda, sugere ao Parlamento a criação de “mecanismos de protecção aos atletas” como bolsas para desportistas.

A formação de base  é outra preocupação apontada por esta cidadã, e neste sentido, pede ao novo Parlamento que incentive o desporto escolar, a criação de escolas de iniciação de voleibol, andebol e outros desportos, e “que depois dê suporte aos jovens que queiram dar continuidade à vida de atleta”.

“Em São Nicolau temos deficiências em todas as áreas, desde infraestruturas a apoios e patrocínios e principalmente nos transportes.”

Portanto, se fosse deputada, Vadylene Fonseca, afirma que começaria por elaborar um plano que englobe as mais diversas áreas que são prioritárias para ilha.

 

Nome: Samuel Varela;

Modalidade: Futebol, presidente da Associação Regional de Futebol da Brava (ARFB), Nova Sintra, Brava

Segundo Samuel Varela, a ilha da Brava tem as suas dificuldades e, caso “os decisores não a descriminarem de forma positiva”, ela terá imensas dificuldades em termos competitivos, a médio e a longo prazos.

Por isso, espera da “nova” Assembleia Nacional “mais incentivos às escolas de iniciação de futebol, mais formação para treinadores” enquanto garante estar a fazer os possíveis para que a ilha possa ter “participação no futebol feminino”.

Varela argumenta, ainda, que é preciso “massificar o desporto na ilha”, pois a Brava apresenta um défice de outras modalidades.

O presidente da ARFB lembra, ainda, que “a ilha tem vindo a participar nas competições nacionais e às vezes com um nível competitivo fraco”.

Para mudar o estado de coisas e obter o “respeito dos adversários” é necessário trabalhar na formação de base, em todas as modalidades. (Foto: Inforpress)

 

Nome: Marilson Semedo;

Modalidade: Atleta paralímpico e dirigente desportivo, São Domingos, Santiago.

Por um lado, este atleta paralímpico espera que seja superado o “défice a nível financeiro” com mais apoios para o desporto, em particular para o paralímpico. Assim, será possível mais participações nas competições regionais e nacionais.

Por outro, Semedo augura a implementação de políticas que favoreçam a prática do desporto, que melhorem a qualidade das infraestruturas e dos equipamentos, e políticas fiscais que funcionem na “prática” e incentivem as empresas a patrocinar os atletas e os clubes.

Caso fosse deputado, Marilson Semedo, assegura que trabalharia para que os apoios pudessem chegar às federações e aos atletas de forma mais rápida, para que estes, possam organizar atempadamente os seus planos de actividades.

 

Nome: Yuri Neves,

Modalidade: surfista e instrutor/sócio na escola de surf KiteKriol, Sal Rei, Boa Vista.

A resolução de problemas burocráticos na obtenção de vistos é umas das principais questões apontadas pelos atletas dos desportos náuticos em Cabo Verde. Em 2019, Yuri Neves, kitesurfista natural da Boa Vista, não pôde participar numa das etapas do campeonato mundial por motivos burocráticos com a aquisição do seu visto.

“A classe dos surfistas sempre foi esquecida pelos governantes”, lamenta Yuri Neves, que diz esperar que essa temática seja trabalhada com responsabilidade pelo novo Parlamento.

Yuri Neves garante que se fizesse parte dos eleitos nacionais, incentivaria a formação e participação de crianças e de jovens nos desportos náuticos, pois “Cabo Verde tem vento, mar e excelentes ondas o que é muito bom para essa prática desportiva”.

 

Nome: Maria Eduarda Vasconcelos;

Modalidade: Ginástica Rítmica, profissional de educação física e desporto, reformada. Mindelo, São Vicente.

A ex-professora de ginástica rítmica e coordenadora do Mindelgina, Maria Eduarda Vasconcelos, diz ter um pensamento muito positivo sobre o desporto em Cabo Verde uma vez que evoluiu bastante desde a independência.

Por isso, espera que o próximo Parlamento “continue a ver o desporto no país como algo que precisa ser desenvolvido”, à semelhança do que acontece noutros países. Assim, destaca a aposta em infraestruturas, como um centro de treinos (CT), e em recursos humanos competentes.

Segundo Maria Vasconcelos, os deputados deveriam defender e debater o desporto em geral, e a ginástica em particular, desde a formação até aos escalões seniores.

“Já estivemos no mundial e nos Jogos Olímpicos, devido ao trabalho feito na base”, lembra a professora que acrescenta ser preciso que o Parlamento tenha pessoas que defendam os ginastas, os treinadores e os dirigentes.

“Como deputada iria trabalhar para convencer as pessoas que o desporto necessita de infraestruturas, financiamento e formação profissional em várias modalidades e vertentes e não apenas em gestão desportiva”, conclui Maria Eduarda Vasconcelos. (Foto: sportsmidia)

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