Maria Gonçalves, pró-reitora da Uni-CV, destacou o aumento da produtividade e da produção, com vista a uma mudança gradual do sector primário. Contudo, alerta para os “grandes desafios” do sector.
Em sua intervenção, durante o primeiro Fórum Virtual do Agronegócio nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), a pró-reitora para a Extensão Universitária daquela instituição, o agronegócio é um dos principais eixos do sistema produtivo, que é constituído por toda relação comercial e industrial ligada com a cadeia de produção do sector agrícola e pecuária, cujas atividades se relacionam e interconectam.
A doutora em desenvolvimento rural frisou ainda que, no arquipélago, a agricultura familiar é a responsável pela maioria dos alimentos que chegam aos mercados e destacou-a como o sector com maior potencial de crescimento, de rendimento e de redução da pobreza.
Conforme acrescentou, os resultados têm sido um aumento da produção agrícola em pequena escala com orientação comercial, sendo o subsector hortícola, por exemplo, o que tem registado “maiores” ganhos, visíveis no aumento da produção e da produtividade, motivando uma mudança gradual na estrutura do sector primário.
No que diz respeito ainda aos ganhos, Maria Gonçalves destacou a introdução de novas tecnologias na fileira hortofrutícola, como as novas espécies e variedades mais produtivas que são mais resistentes às pragas e mais adaptadas às condições climáticas, entre outros avanços.
Em relação às metas desejadas, Maria Gonçalves diz que é necessário promover a inovação no sector agropecuário e aplicar a nova geração de tecnologias em toda a cadeia de produção e distribuição dos produtos agropecuários de modo a promover a inclusão da agricultura familiar nas cadeias de valor.
“O sector de agronegócio tem evoluído de forma favorável, em Cabo Verde, e no mundo. A tendência aponta para o seu crescimento num futuro próximo com impactos geradores de rendimento e transformadores na vida famílias”, apontou.
No evento, realizado pela Universidade de Cabo Verde, sob o lema “Pensar agronegócio nos PALOP”, a pró-reitora da Uni-CV finalizou com o alerta para a necessidade de dar continuidade, tendo em conta que este desafio “não se resolve num dia, nem por uma entidade única”.
C/ Inforpress