Em comunicado emitido esta segunda-feira, 05, a Polícia Nacional de Cabo Verde, através da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras, confirmou a recusa de entrada no país de oito cidadãos estrangeiros, “por não preencherem os requisitos legais previstos na lei”.
Segundo a PN, os cidadãos, sendo um de nacionalidade guineense, um jordano, um queniano, um costa-marfinense e três nigerianos, não apresentaram o comprovativo da finalidade da viagem.
Entretanto, em versão publicada no Twitter por uma integrante do grupo deportado, alegaram ter apresentado o comprovativo do pagamento de alojamento, fundos em escudos cabo-verdianos e bilhete de regresso com data de 05 de Abril.
Na mesma nota, a polícia sustenta ainda que, durante as entrevistas para as formalidades de controlo fronteiriço, os nigerianos apresentaram-se díspares e contraditórios uns dos outros, conduzindo a suspeitas de falsas declarações, agravado por não confirmação das reservas de hotel e de meios de subsistência em território nacional”, explicou na mesma nota, contrariando a versão de uma das integrantes do grupo deportado.
Entre eles, acrescenta a PN, havia um cidadão que já teve a entrada em Cabo Verde recusada anteriormente, pelos mesmos motivos.
“Assim sendo, foi recusada a entrada em Território Nacional e retornaram no mesmo voo, com destino ao aeroporto de origem, no Senegal”.
Histórico
O caso aconteceu na passada sexta-feira, 02, quando um grupo de turistas africanos foi impedido de entrar em Cabo Verde, após chegar ao Aeroporto Internacional, na Cidade da Praia, num voo da Air Senegal. No Twitter, a situação foi denunciada e o grupo chegou mesmo a apresentar uma queixa formal contra Cabo Verde.
Em uma das publicações, Teniola Tayo, uma das integrantes do grupo, escreveu que “segundo o funcionário do aeroporto de Dakar, esta tem sido uma ocorrência regular com a Fly Air Senegal”.
“Eles vendem bilhetes todos os dias e devolvem pessoas todos os dias. Os funcionários reclamam que Cabo Verde é particularmente problemático”, escreveu.
