O secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros ressalva que este aumento da dívida pública é justificado pelo aumento das despesas, particularmente, a nível da Saúde.
Segundo o secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, citado pela Inforpress, a dívida pública irá aumentar de forma “relativamente baixa”, em 2021.
Por um lado, diz que é graças o aumento das despesas nacionais, impulsionadas, particularmente ao nível da saúde, não só com a compra de vacinas, mas com toda a logística do sistema de armazenamento e distribuição dos imunizantes por todas as ilhas.
Por outro, a dívida também será afetada pela redução das receitas do Estado.
“No ano passado o Estado teve uma redução das suas despesas em cerca de 30%, portanto a única forma de se financiar esse déficit é através de um empréstimo e o empréstimo implica aumento de dívida”, explicou o secretário de Estado.
O rácio da dívida pública é de 132%, ainda assim “muito necessário”, assegura Gilberto Barros, porque a prioridade do Governo é salvar vidas e preparar as condições para a retoma da economia.
“Sem isso não há economia e não há absolutamente nada. Obviamente temos de olhar para a dívida e dizer qual é a solução”, observou.
Além disso, Barros garante que o Governo tem procurado formas de reestruturação e de redução da dívida e, assim, financiar o desenvolvimento do país no horizonte 2030.
Segundo o secretário de Estado das Finanças, Cabo Verde consegue amortizar a dívida “sem qualquer dificuldade”, contudo, admite que gostaria de vê-la reduzida e libertar recursos.
Gilberto Barros, falava à margem da reunião dos Governadores do Grupo Consultivo da África (ACG) com o presidente do Grupo Banco Mundial, no âmbito da Assembleia-geral do Banco Mundial que reuniu, virtualmente, ministros das Finanças de todo continente africano.
Neste encontro ‘online’ foram discutidos o impacto da pandemia na sustentabilidade da dívida, a problemática do clima e da proteção do meio ambiente de modo a permitir um desenvolvimento sustentável.
C/Inforpress