Dados provisórios do Comércio Externo em 2020, indicam que o país registou decréscimos de 16% nas exportações e de 11% nas importações relativamente ao ano de 2019, devido ao contexto pandémico.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados hoje (31), indicam que o comércio externo, em 2020, registou uma diminuição nas reexportações de 46,8% face a 2019, em que o déficit da balança comercial teve uma diminuição de 10,6%, com a taxa de cobertura a reduzir em 0,4%.
De acordo com o relatório das Estatísticas do Comércio Externo, o valor das exportações nacionais, em 2020, totalizou 5101 mil contos. O que representa um recuo de 16%, face a 2019, ano em que as exportações totalizaram 969 mil contos.
Ainda assim, a Europa continua a ser o principal cliente de Cabo Verde, ao absorver cerca de 93% do total das exportações em 2020, e desse total, 63,4% são captados pelo mercado espanhol.
Conservas lideram
Segundo o relatório do INE, em 2020, os produtos mais exportados por Cabo Verde foram os preparados e conservas de peixes (62,4%), os peixes, crustáceos e moluscos, (16,7%) do total e os vestuários (7,6%). Com estes produtos a representarem 86,7% do total das exportações em 2020, diminuindo 0,9% em relação a 2019 (87,6%).
Os dados mostram, ainda, que as importações sofreram uma retração de 11%, durante o período em análise. Sendo o continente europeu (77,1%) o principal fornecedor de Cabo Verde, seguido da Ásia/Oceânia (10,8%), da América (8,2%), do resto do Mundo (2,3%) e de África, com apenas 1,7% do total das importações nacionais.
O grupo dos principais países fornecedores é liderado por Portugal (47,7%), seguido de Espanha, China e Países Baixos, com respetivamente, 9,4%, 7,5% e 6,3% do total das importações.
Os produtos mais importados em 2020 foram os combustíveis (9,8%), os reatores e caldeiras (8,6%), máquinas e motores (6,9%), veículos automóveis (5,5%), ferro e as suas obras com 5,2%.
