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Covid-19

Registo: UE e OMS defendem Tratado sobre Pandemias como “legado”

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, defenderam que um Tratado Internacional sobre Pandemias é um “legado” que os líderes actuais têm o dever de deixar após a experiência da COVID-19.

Numa conferência de Imprensa-conjunta e virtual – reportada por jn.pt -, desde Bruxelas e Genebra, Charles Michel,  que lançou no ano passado a ideia deste Tratado Internacional, e Ghebreyesus fizeram a defesa deste Pacto Global, apontando-o como um “legado” que os líderes têm o dever de deixar às próximas gerações.

Isto porque, afirmaram, “a próxima Pandemia não é uma questão de ‘se’, mas ‘quando'” e há que aprender com as lições da COVID-19, que “expôs fraquezas e divisões”, como apontou o presidente Do Conselho Europeu.

O evento foi antecedido pela publicação de um texto de opinião, em órgãos de Comunicação Social de todo o Mundo, a defender a proposta de um Tratado Internacional sobre Pandemias e de “uma Arquitectura Sanitária Internacional mais robusta”, subscrito por Charles Michel, Ghebreyesus e 25 outros líderes mundiais, entre os quais o Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa.

“O tempo de agir é agora. O Mundo não pode esperar pelo fim desta Pandemia para começar a preparar-se para a próxima. Não podemos permitir que as recordações desta Pandemia se esvaneçam e voltemos à vida como antes. Não podemos fazer as coisas como fazíamos antes e esperar um resultado diferente”, afirmou o director-geral da OMS, que pediu uma “acção robusta”.

De acordo com o etíope Ghebreyesus, o Tratado Internacional poderia ser baseado na Constituição Da OMS, incluindo nos Princípios de Saúde para Todos e não-discriminação, ideia partilhada por Charles Michel.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, a ideia fundamental é garantir, através do Tratado, “uma abordagem global, para melhor prever, prevenir e responder a pandemias“, designadamente, através do reforço das capacidades globais e assegurando um acesso justo e universal a vacinas, medicamentos e testes.

“O que desejamos é que este debate que se seguirá sobre um Tratado IOnternacional seja um Projecto-Comum. E esperamos que o conjunto dos países se envolvam nas discussões”, apontou Charles Michel, que assegurou que, pelos contactos bilaterais que tem mantido, está seguro de que muitos mais países além daqueles que já subscreveram o texto associar-se-ão à iniciativa.

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