Em 2020 estavam em atividade em Cabo Verde pouco mais de metade dos estabelecimentos hoteleiros existentes no país, apenas 56,3%. O que levou à diminuição precisamente de 82,6% no pessoal empregue nestes estabelecimentos, quando comparado com os valores de 2019.
Dados divulgados hoje pelo Inventário Anual de Estabelecimentos Hoteleiros, do Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que em dezembro de 2020 estavam em atividade em Cabo Verde 124 estabelecimentos hoteleiros, menos 56,3% que no mesmo período do ano 2019.
Segundo a mesma fonte, esses estabelecimentos empregavam 9050 trabalhadores em finais de 2019, número que registou um decréscimo para 1577 colaboradores em dezembro do ano passado, ou seja, menos 82,6%. Cenário, como se sabe, que se justifica devido à ausência dos voos internacionais e às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a partir de março de 2020.
No período em análise, esses estabelecimentos hoteleiros dispuseram 2614 quartos. O que se traduz numa quebra de 80%, em relação a 2019. Decréscimos que foram igualmente registados no número de camas e na capacidade de alojamento de 80,6 e 79,7% respetivamente.
Lê-se no relatório que Santo Antão lidera em termos de infraestruturas, ao dispor de 61 estabelecimentos de alojamento turístico, ou seja, 49,2% do total de estabelecimentos em funcionamento no país.
Ainda neste quesito, seguem-se as ilhas de Santiago com 20, São Vicente e Sal com 10, e a ilha da Boa Vista com três estabelecimentos em funcionamento em 2020.
Apesar de o decréscimo desses estabelecimentos hoteleiros ser generalizado em Cabo Verde, a ilha de São Vicente foi a mais afetada, com menos 39 estabelecimentos. Já as ilhas de Santiago, Fogo, Boa Vista e Sal registaram decréscimos de 29, 22, 21 e 20 estabelecimentos, respetivamente face ao ano anterior.
Em relação à categoria de alojamento, verificou-se diminuição em todos os tipos, sendo maior nas residenciais, com menos 59 estabelecimentos, face ao ano 2019. São seguidas menos 44 hotéis, menos 36 pensões e menos 14 hotéis-apartamentos.
A diminuição menos acentuada registou-se nas pousadas (-5) e nos aldeamentos turísticos (-2).
Conforme a INE “a oferta de camas concentrou-se principalmente na ilha do Sal (35,2%), seguida das ilhas de Santiago (24,4%) e Santo Antão (21,0%). A Ilha da Boa Vista passou a ocupar o 5.º lugar (2,1%) invés do 2.º lugar ocupado em 2019 que representava 30,4%. As restantes ilhas ofereciam cerca de 17,3% do total das camas disponíveis”.