A Empresa Total “não tem vítimas a lamentar no pessoal que trabalha no local do Projecto”, em Afungi, a dez quilómetros da localidade de Palma, mas vai “reduzir os trabalhadores, ao mínimo”, e a “reactivação do Projecto, ponderada esta semana, fica suspensa”, na sequência de vários ataques terroristas.
O ataque desencadeado na quarta-feira passada – aponta o portal noticiasaominuto.com -, na Vila de Palma, Província de Cabo Delgado (no Norte de Moçambique) e que teve continuidade nos dias seguintes, foi o mais grave junto dos projectos de gás naquele País Lusófono da África Oriental (banhado pelo Oceano Índico), após três anos e meio de insurgência armada, à qual a Sede de Distrito tinha, até agora, sido poupada.
Palma continua ocupada por rebeldes armados, enquanto prossegem operações para evacuar a Vila e, também, a zona dos projectos na Península de Afungi.
Mais de 200 expatriados refugiaram-se no hotel Amarula, em Palma, desde quarta-feira à tarde, quando o ataque armado à Vila começou.
Entre elas há trabalhadores de várias nacionalidades ligados às empresas que trabalham no Projecto de Gás Natural, liderado pela Petrolífera francesa Total.
A violência que grassa desde Outubro de 2017 está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.
Algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo “Jihadista” Estado Islâmico (EI), entre Junho de 2019 e Novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate.