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Covid-19

Pandemia: Índia paralisa exportação da AstraZeneca

A decisão foi tomada para acelerar a vacinação, internamente, na Índia, no meio do aumento dos casos de COVID-19 no País. A decisão deve afectar o envio de mais doses prontas, dependentes da produção do Serum.

A decisão – realça o portal exame.pt – deve afectar o envio de mais doses prontas de vacina para o Brasil e outros países mais pobres, amplamente dependentes da produção do Serum, feita em parceria com a AstraZeneca.

Foi o Serum o responsável por enviar ao Brasil as quatro milhões de doses da vacina da AstraZeneca que foram usadas naquele País Lusófono da América Latina, até agora.

Outro lote mais recente, de perto de um milhão de doses, chegou no fim de semana via Covax Facility, consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS), no qual o Brasil pagou para participar e adquirir parte dos imunizantes. Maior produtor de vacinas do Mundo, o Serum também é parceiro da Covax na oferta de doses.

A Fundação Oswaldo Cruz aguarda, ainda, a ida de outras oito milhões de doses prontas do Serum, que chegariam mensalmente a partir de abril.

Apesar do Governo indiano não ter confirmado, oficialmente, que as exportações estão paralisadas, a situação foi comunicada aos parceiros globais.

O número de mortes por COVID-19 tem subido na Índia. O País passou de menos de 90 mortes diárias, há um mês, em Fevereiro, para a casa de mais de 250 mortes nesta semana.

Ao todo, a Índia já vacinou mais de 50 milhões de pessoas, e tem aplicado mais de duas milhões de doses por dia. A taxa é alta e comparável aos melhores programas de vacinação no Mundo, como nos EUA (Estados Unidos da América), mas a Índia tem o desafio de vacinar 1,4 bilhão de pessoas. Proporcionalmente, só três por cento dos indianos receberam a primeira dose da vacina.

A discussão não acontece só na Índia. A exportação de vacinas no meio da crise da COVID-19, e a preocupação com novas variantes, tem feito outros países começarem a estudar a restrição de exportações.

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