Após 15 anos sendo gerida pela empresa PROIMTUR, o circuito turístico da Cidade velha volta a ser gerido pelo Ministério da Cultura e Indústrias Criativas, através do Instituto do Patrimônio Cultural (IPC).
O anúncio foi feito esta sexta-feira, 26, em comunicado enviado à imprensa. Na nota, o IPC garante que todos os postos de trabalho referentes ao circuito estarão assegurados, assim como a criação de um plano de gestão de transição.
O referido plano deve “determinar as condições básicas para assegurar, de forma sustentável, a exploração turística dos monumentos históricos”, de forma a contribuir para a regeneração do sítio histórico, desenvolvimento sociocultural e económico da comunidade local.
“Pretende-se ainda fazer uma gestão capaz de criar um roteiro voltado para o turismo cultural e o desenvolvimento local, com a criação de circuitos turístico/culturais mais abertos e participativos, a inclusão de novos monumentos e programas que permitam um maior contato e interação entre os visitantes e os residentes”, avançou.
Já no que toca às receitas provenientes da exploração turística e das atividades socioculturais, o órgão afirma que serão geridas através da criação do fundo – Cidade Velha, Património Mundial, e canalizadas direta e indiretamente aos investimentos ligadas à reabilitação do património cultural, bem como para financiar projetos e formações destinados ao empoderamento da comunidade local.
Histórico
De recordar que no passado mês de Fevereiro o repórter de imagem Pedro Moita denunciava o estado de degradação e abandono em que se encontrava a Fortaleza Real de São Filipe, na Cidade Velha e sem ninguém para receber turistas.
Na altura, contactado pelo A NAÇÃO, o IPC atribuiu as responsabilidades à empresa gestora, PROIMTUR, enquanto esta alegou que as imagens partilhadas por Moita não eram actuais. Continuando o reporter que esteve no local a garantir que eram datadas de fevereiro deste ano.
Ainda assim, a PROIMTUR dizia, na mesma ocasião, que os escombros presentes no local resultaram de obras realizadas pelo próprio IPC, remetendo responsabilidades para o mesmo.
A falta de funcionários para receber os visitantes foi atribuída ao regime de layoff, que impossibilitava a empresa de pagar funcionários.