Os enfermeiros dos postos sanitários de Garça, Chã de Igreja e Lombo Grande, em Ribeira Grande de Santo Antão, exigem do Ministério da Saúde o pagamento do subsídio de periferia, já com “um ano de atraso”.
O Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), que representa os enfermeiros em questão, diz ter tentado dialogar “várias vezes” com os representantes do Ministério da Saúde e Segurança Social, local e central, mas sem conseguir chegar a um consenso.
“Limitaram-se a enviar um quadro que não dá garantias da forma de pagamento ou assunção de responsabilidade com relação ao pagamento do subsídio de periferia desses enfermeiros”, avança o secretário permanente, Carlos Bartolomeu.
O sindicalista diz ter exigido a elaboração de um compromisso de dívida com os valores em causa e as condições de liquidação, assinada pelos responsáveis e carimbos da instituição, mas até agora não recebeu nenhum feedback.
A mesma fonte afiançou que caso não sejam satisfeitas as exigências, através do pagamento na sua totalidade, ou então em prestações, vão recorrer às vias judiciais.
“Não tem cabimento alguns enfermeiros receberem esse subsídio de periferia e estes, até então, não receberam nada”, explicou Carlos Bartolomeu, para quem esta atitude provocou uma “descriminação à lei laboral”.
Essa fonte salientou ainda que a administração anterior pagava regularmente subsídios com relação a chefias/regime de chamadas, calculada a partir de 20% do salário base para escalão/chefia enfermagem de acordo com o Plano de Carreira Cargo e Salários (PCCS).
“Entretanto, a nova administração entrou em funções e deu corte no mesmo sem qualquer justificação aparente e aviso prévio, foi uma medida aplicada de forma arbitrária”, acusou Carlos Bartolomeu.
O sindicalista reiterou que demonstrou abertura para que o problema fosse resolvido “de forma airosa”, mas que percebeu que os responsáveis locais e centrais do Ministério da Saúde “nunca estiveram interessados em resolver” este problema.
c/Inforpress