O Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV) acusou hoje, em conferência de imprensa, o adversário político Movimento para a Democracia (MpD) de “clara falta de respeito pelas instituições e pelas leis do pais”.
A acusação, feita pelo mandatário da lista do PAICV, no círculo eleitoral de São Vicente, Graciano Nascimento, surge na decorrência do alegado incumprimento de uma deliberação da Comissão Nacional das Eleições (CNE), que mandava o partido retirar um cartaz afixado na sua sede de campanha, em Mindelo.
“Recentemente foi realizada uma reunião da CNE, no dia 17, onde foram analisadas várias queixas do PAICV e de outros partidos políticos, em relação ao comportamento do MpD, em clara violação da legislação eleitoral vigente no país”, apontou Graciano Nascimento.
Para além da colocação de cartazes, entre as queixas, está o tempo de antena do partido divulgado pela TCV, o lançamento do estudo do aeroporto de Santo Antão e a extensão do porto de Santo Antão e centros de saúde na mesma ilha.
Há ainda, segundo Nascimento, denúncias de ilegalidades e de irregularidades, em relação a diferentes comissões de recenseamento em Cabo Verde e na diáspora, mas em São Vicente em particular.
“Consideramos que o recenseamento em São Vicente foi um insucesso, razão pela qual o círculo perdeu um mandato na configuração nacional, tudo isso porque o Governo não criou as condições para o funcionamento das comissões de recenseamento”, acusou o mandatário do PAICV.
São, segundo aponta, situações graves que se juntam ao incumprimento da deliberação da CNE, que no dia 17 de Março ordenou a retirada imediata dos cartazes.
“O cartaz ainda está colocado na sede de campanha do partido, o que demostra uma clara falta de respeito pelas instituições e pela legalidade do pais”, considera.
Para Graciano Nascimento, a atitude do adversário configura uma demonstração de arrogância, prepotência e falta de respeito por tudo o que é a legalidade” e uma posição de “descontrolo e fragilidade” por parte do MpD.
O mandatário diz, entretanto, acreditar nas instituições que tem como função repor a legalidade e esperamos que essa deliberação seja cumprida.