A informação foi avançada hoje, 22, pelo presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), no âmbito do Dia Mundial da Água.
Esta declaração foi feita à imprensa, à margem do webinar realizado pelo Ministério da Agricultura e Ambiente, no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Água, que se assinala hoje, 22 de Março. Miguel Moura, presidente da ANAS, relembrou que os últimos dados nesta área indicavam que cerca de 66% da população cabo-verdiana tinha acesso à rede pública de distribuição de água.
“Neste momento, garantimos que 72% das casas dos agregados familiares têm acesso à água segura através de uma rede, temos o restante para concluir e os investimentos que estão na forja visam, exactamente, massificar e universalizar o acesso à água através da rede. E lá onde não for possível, nós tornamos a vida mais fácil para as pessoas que não têm possibilidade de ter água em casa”, disse.
O presidente da ANAS avançou ainda que foi realizado um estudo com o objetivo de detetar as vulnerabilidades dos sistemas hídricos e o valor económico da água e, um dos principais pontos do estudo, relata a necessidade de poupar água no arquipélago.
“Não podemos neste momento utilizar em Cabo Verde mais do que aquilo que é extremamente necessário. Não podemos por duas razões, porque é cara e temos a obrigação moral de deixar a água para a próxima geração, então, não nos podemos submeter a uma pressão desmedida sobre as disponibilidades da água subterrânea”, sublinhou relembrando que o processo de dessalinização da água do mar é “muito custoso”.
Miguel Moura destacou a importância da água e a necessidade da sua valorização, tendo em conta que a sua mobilização está cada vez “mais cara”, devido à falta de chuvas e a frequente. redução da pressão das fontes naturais de água.
O dia 22 de Março foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para comemorar e promover a reflexão em torno da água.
C/ Inforpress
