Após validação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a Agência Reguladora Independente da Saúde (ERIS) recomendou a utilização da vacina da Astrazeneca em Cabo Verde.
Em circular informativa conjunta, a ERIS e a Direção Nacional da Saúde informam que, após o processo de revisão de casos de efeitos adversos, nomeadamente os coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas com o imunizante da Astrazeneca, a EMA concluiu que a mesma é segura e que os “benefícios superam os riscos”.
“O benefício da vacina Covidshield (Oxford/AstraZeneca) continua a superar os riscos de efeitos indesejáveis”, precisou.
Na base desta informação, está a conclusão de que a vacina não está associada a um aumento no risco de formação de coágulos sanguíneos (eventos tromboembólicos) nas pessoas que receberam o imunizante.
“Não há evidências de que o aparecimento de eventos tromboembólicos esteja relacionado com um lote específico ou um local particular de fabrico”, reforçou.
Ainda assim, acrescenta, a vacina AstraZeneca pode estar associada a casos muito raros de coágulos sanguíneos ligados a trombocitopenia (níveis baixos de plaquetas no sangue ou outros fatores que contribuam para a formação de coágulos no sangue) com ou sem sangramento.
“Em razão da eficácia comprovada da vacina na prevenção da hospitalização e morte por covid-19, superando o risco raro de desenvolvimento de eventos tromboembólicos, ERIS e DNS recomendam prosseguir o Plano Nacional de Vacinação, uma vez que as evidências científicas confirmam a segurança na utilização das vacinas em causa”, termina.
De recordar que a campanha nacional de vacinação contra a covid-19 teve início esta sexta-feira, 19, em todo o país, com o imunizante da Pfizer.
O primeiro caso de covid-19 em Cabo Verde foi diagnosticado há exatamente um ano, a 19 de Março de 2020.
