Esta decisão foi tomada após a falta de entendimento entre sindicatos e patronato, num encontro realizado nesta terça-feira,16. Em causa está a lista final de transição do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que deveria ser publicada pelo IEFP no dia 5 de fevereiro.
Após o comunicado de greve, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Paulo Santos, acusou os sindicatos de “intransigência e radicalismo”, visto que o prazo para a publicação da lista ainda não foi excedido.
“Foi feita uma proposta pela diretora geral do trabalho para que o prazo fosse fixado até ao dia 26 de Março e o IEFP aceitou. Inclusive, já estamos preparados para que, logo que a lista seja publicada no boletim oficial, pagar os retroativos de Janeiro, Fevereiro e Março, porque o PCCS é a partir de 1 de janeiro de 2021. Nós temos orçamento para fazer isso, por isso não estamos a entender os sindicatos”, explica o PCA.
Luís Lima, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e do Sindicato da Indústria Comércio e Turismo (SICOTUR), diz que a intolerância dos Sindicatos deve-se aos incumprimentos por parte do IEFP, que se têm registado sucessivamente.
“Passaram mais dos 10 para a publicação da lista para a reclamação dos trabalhadores, depois mais 15 dias de reclamação. No dia 5 de Fevereiro, o PCCS deveria ser publicado de forma mais urgente possível. O IEFP só espera pressão para trabalhar. As informações que nos deram durante este percurso são informações desencontradas. Os trabalhadores estão cansados”, esclarece.
Os sindicatos estabeleceram o prazo de até amanhã de manhã para que a lista seja apresentada. Caso aconteça, a greve será suspensa.
“Têm até ao dia 18 de manhã. Se tudo estiver em ordem e conseguirem apresentar a lista dos trabalhadores, levantaremos imediatamente a greve. Essa é a nossa luta, que a lista seja publicada”, sublinha.
Apesar do PCA do IEFP defender que não há razões para greve e de garantir que a grelha salarial partiu do conselho diretivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional, os sindicatos pretendem avançar com dois dias de greve que se inicia já amanhã.
C/ RCV