Cerca de 12 milhões de mulheres estão sem serviço de planeamento familiar nos países de baixo e médio rendimento, segundo as Nações Unidas. Em Cabo Verde, apesar da queda nos serviços de planeamento familiar, o serviço tende a normalizar agora em 2021.
A pandemia interrompeu, sobremaneira, o acesso aos serviços de planeamento familiar em cerca de 115 países de médio e baixa renda, resultando até agora em um milhão e 400 mil gravidezes não desejadas, segundo as Nações Unidas.
Em Cabo Verde, segundo a diretora executiva da VerdeFam, Elisabete de Jesus, os serviços de Planeamento Familiar também ficaram afetados pela pandemia, com as restrições nas estruturas de saúde.
“Em 2020 tivemos alguma queda em termos de serviços de planeamento familiar, mas em compensação os serviços de consultas e ecografias registaram um aumento”, faz saber à RCV Elisabete de Jesus.
Mesmo com os serviços de planeamento familiar condicionados, a diretora executiva da VerdeFam garante que durante o pico da pandemia a instituição não deixou de distribuir preservativos através dos serviços de proximidade prestados à comunidade.
Os serviços registaram um aumento de procura, no primeiro trimestre de 2021, conforme conta Elisabete de Jesus, e estão a retomar gradualmente ao normal.
Contudo, só o relatório anual da VerdeFam deve analisar os impactos da pandemia no planeamento familiar, principalmente nas mulheres em Cabo Verde.
“Se houver uma procura menor, vamos então analisar, no relatório, as gravidezes não planeadas e as infecções sexualmente transmissíveis durante o confinamento”, informa.
No momento, todos os serviços de saúde sexual e reprodutiva estão a funcionar na VerdeFam.
C/RCV