A Escola do Mar (EMar) começa a ministrar os cursos profissionalizantes a partir desta terça-feira (16) e dá o “pontapé de saída” com alguns considerados “prioritários” para o mercado de trabalho cabo-verdiano, adiantou a gestora da instituição.
A EMar, conforme avançou Lídia Lima na sexta-feira (12), à Inforpress, deve iniciar com dois cursos, um de marinheiro e outro de motorista, no dia 16, promovidos em parceria com a Faculdade de Engenharias e Ciências do Mar, Isecmar, da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
Mas, segundo a mesma fonte, já estão programados outros três cursos, promovidos em parceria com Organização Nacional de Diáspora Solidária (ONDS) e que arrancam no dia 25, nas áreas de cozinheiro para navios, empregado de câmara e de manutenção e instalação de equipamentos de frio.
“Nós temos o nosso site, que publicitamos e estamos a receber as inscrições, mas estamos a trabalhar já num sistema de montagem de uma plataforma para as aulas teóricas, porque futuramente vamos precisar”, asseverou Lídia Lima.
A escola, que tem sob sua alçada a formação na área das pescas e navegação costeira, colocará ainda à disposição uma variedade de cursos, entre os quais, curso de inglês para marítimos e tecnologias de pesca, que foram escolhidos na lista entregue pelo Ministério de Economia Marítima, através do Instituto Marítimo e Portuário (IMP) e que são considerados “necessidades urgentes”.
Desta forma, afirmou Lídia Lima, a EMar está a equacionar com o Isecmar e os outros parceiros as “melhores formas” de materializar essas formações, que são “extremamente importantes para este sector marítimo em expansão”.
“Aqui em São Vicente temos todo um projecto de expansão à volta da economia azul, de maneira que temos um potencial enorme e é preciso aproveitar essas valências, que a própria natureza nos oferece e a nossa população o que tem em termos de recursos humanos para aproveitar e criar novas ofertas de emprego”, sustentou a responsável.
Por outro lado, ajuntou, já se fez um levantamento junto das empresas de recrutamento de mão-de-obra do sector marítimo, que afirmaram existir “cursos urgentes” como o de cozinheiro para navio, uma vez que as empresas internacionais costumam recrutar este tipo de mão-de-obra em Cabo Verde.
“De maneira que, rapidamente, temos de fazer para podermos satisfazer essas necessidades, mas também oferecer outras oportunidades de emprego aos jovens cabo-verdianos que estão no desemprego”, rematou Lídia Lima.
A proposta para a criação da EMar foi aprovada em Conselho de Ministros em finais de 2019 e a instituição entrou em funcionamento em finais de 2020.
C/ Inforpress