A Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) determinou que os três jogos em falta no grupo de Cabo Verde devem ser realizados. Mas, a Federação Cabo-verdiana da modalidade já contestou esta decisão.
A FIBA determinou que todos os jogos de qualificação para o Afrobasket 2021, que envolvem a seleção do Uganda, no Grupo E, devem ser realizados, decisão que desagrada aos responsáveis da seleção nacional de Cabo Verde.
Segundo o presidente da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol (FCB), Mário Correia, esta não era a decisão que se esperava.
“Em algumas competições que já decorreram durante este ano, todas as seleções e clubes que apresentaram casos de covid tiveram os jogos cancelados e esperávamos que fosse a decisão da FIBA” explicou.
Assim sendo, a FCB já enviou uma carta oficial à FIBA a contestar a decisão agora tomada por aquele organismo. Embora seja uma decisão final, Mário Correia assegura que a Federação irá “lutar” para que a FIBA reconsidere a deliberação.
Na base desta resolução tomada pelo organismo máximo do basquetebol internacional está o facto de não querer “desencorajar o Uganda, que fez um esforço para participar” na qualificação para o Afrobasket.
Estes foram os mesmos argumentos que a Federação Cabo-verdiana de Basquetebol expôs na carta oficial enviada à FIBA.
“Nós alegamos as mesmas razões, ou seja, o esforço que fizemos em termos monetários e logísticos para participarmos nesta competição”.
“Não só nesta como em muitas outras que já participamos em que as entidades que nos ajudam, nomeadamente o Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ) e o nosso patrocinador oficial, a CV Telecom, que fazem um esforço grande para que possamos participar nas competições”.
“Será mais uma viagem, mais uma verba que temos que ir à procura para podermos participar nesta competição, que será apenas de um jogo, mas os gastos serão os mesmos”, justificou o presidente da FCB.
Para minimizar esses gastos a Federação propôs à FIBA que seja o Uganda a acarretar com as despesas de deslocação aos países com os quais ainda tem jogos pendentes, nomeadamente a Cabo Verde, ao Marrocos e ao Egito. Porém, Mário Correia esclarece que “ainda não está nada decidido”.
Esta decisão tomada agora pela FIBA contradiz aquilo que disse o presidente da FIBA África, Aníbal Manave, que em declarações à Rádio Nacional de Angola, na semana passada, avançou que os jogos em falta no Grupo E, envolvendo o Uganda, não deveriam ser realizados, o que, a se suceder, garantiria a qualificação de Cabo Verde para o Afrobasket 2021.
C/RCV