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Santiago

Julgamento de Amadeu Oliveira volta a ser suspenso pela segunda vez

Amadeu Oliveira recusou-se, esta quinta-feira, a entrar na sala de audiências do Tribunal da Praia sem a presença do público. O julgamento, que deveria ser retomado na manhã de hoje, voltou a ser suspenso.

A audiência que deveria ter início às 8h30 da manhã de hoje, ficou marcada pela recusa do arguido em entrar na sala de audiências.

“O julgamento até hoje foi feito numa sala grande com a assistência do povo, quando hoje cheguei às 08:30, a juíza quis meter-me sozinho, sem assistência numa sala pequena”, justificou Amadeu Oliveira, citado pela RCV.

O arguido acrescentou, ainda, que “o julgamento é feito em nome do povo (…) só tem validade se for em audiência pública contraditória, o que pressupõe a assistência do povo. Como ela (a juíza Ivanilda Varela) não tomou até às 10 horas, em tempo útil, saí de lá e vim para o Supremo onde havia o julgamento de Arlindo Teixeira, às 10 horas”.

De seguida, por se aproximar da hora do julgamento de Arlindo Teixeira, constituinte de Amadeu Oliveira, noutro processo, este deixou o Tribunal da Praia e encaminhou-se para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Ao ser convidado a entrar nas instalações do STJ, Amadeu Oliveira foi chamado a entrar sozinho e recusou-se mais uma vez a fazê-lo, pois, exigia, igualmente, a entrada dos seus advogados e mais cinco cidadãos.

“Ficámos aqui na rua até às 11 horas, agora mais uma vez no STJ dizem-me que posso entrar sozinho. Eu não aceito. O STJ não está acima da Constituição da República, trata-se de uma audiência pública contraditória”.

“A Constituição diz que o povo tem direito a assistir à audiência, por isso não aceito ser julgado em segredo e nem permito que Arlindo Teixeira seja julgado em segredo. No mínimo deviam permitir que eu entrasse com os advogados”, sublinhou Amadeu Oliveira, defendeu “que a justiça não é dos juízes e que é feita em nome da representação do povo”, sentenciou Oliveira que abandonou o STJ por volta das 11 horas da manhã.

Amadeu Oliveira disse ainda que entrou em “módulo de resistência” e que está à espera de qualquer decisão da justiça.

“Podem mandar prender-me novamente, a partir de agora declaro-me resistente. Vou resistir, entro em módulo de resistência, podem pôr-me numa cela, sem casa de banho e sem lençol, como fizeram antes”, explicou em declarações à imprensa.

Amadeu Oliveira, acusado de 14 crimes de ofensa e injúria contra os juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) tomou essa decisão depois de se negar a comparecer perante os juízes do STJ no julgamento de Arlindo Teixeira.

O julgamento foi reagendado para 5, 8, 9 e 10 de Março.

C/RCV e Inforpress

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