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São Vicente

Jorge Carlos Fonseca já recebeu abaixo-assinado questionando o estado da justiça

O escritor e advogado, Germano Almeida, confirmou, esta quarta-feira, que o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, já recebeu o abaixo-assinado subscrito por mais de 60 cidadãos, defendendo mudanças no sector da justiça em Cabo Verde.

“O Presidente teve a amabilidade de responder, pessoalmente, a dizer que recebeu (o abaixo-assinado por e-mail), que o ia ler e que depois voltaria a entrar em contacto comigo”, confirmou Germano Almeida, um dos subscritores do documento, em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV).

Conforme Almeida, foram mais de 60 assinaturas de pessoas, apenas da ilha de São Vicente. Porém, cidadãos das outras ilhas, e mesmo da diáspora, mostraram o seu interesse em assinar o documento.

“Dissemos-lhes que era quase impossível, sobretudo porque tínhamos pressa”, acrescentou o escritor.

Ainda assim, Germano Almeida destacou que, caso as pessoas continuarem a aderir à causa, existe a possibilidade se criar um abaixo-assinado online, “sobretudo, para se saber o número de pessoas que desejam mudanças a nível da nossa justiça”.

Aquele escritor e advogado garante não saber qual será a reação de Jorge Carlos Fonseca ao documento, mas, afirma ter consciência dos poderes de influenciação do Presidente da República que, até certo ponto, podem contribuir para a melhoria do estado de coisas.

No entanto, Almeida afasta a ideia de que por detrás deste abaixo-assinado agora entregue ao Chefe de Estado esteja a prisão e o julgamento do advogado Amadeu Oliveira.

“Desde os tempos da independência que andamos contrariados com a questão da justiça em Cabo Verde, mas, nos últimos tempos parece que tem piorado, grandemente. A questão do Amadeu veio mostrar que, sobretudo os magistrados, estão a agir como se estivessem fora da lei”.

“Não estamos a dizer que o Amadeu Oliveira tenha razão,  estamos a dizer que é necessário averiguar se o Amadeu Oliveira não tem razão”, esclareceu Germano Almeida.

Os subscritores da carta aberta ao Presidente da República entendem, ainda, que qualquer averiguação no aparelho da justiça deve feita por uma entidade independente.

C/RCV

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