O PM, Ulisses Correia e Silva, disse hoje no Parlamento que o Estado tem sido o maior impulsionador do desenvolvimento do país e para permitir a inclusão desse social o Governo optou por uma economia social de mercado. O PAICV tem outra leitura efaz um balanço negativo da governação.
Ulisses diz que a opção adoptada de economia social de mercado, desde a abertura política permitiu grandes avanços na economia que se abriu ao investimento externo, à regulação independente e conseguiu estruturar um sector privado pujante. O primeiro-ministro acredita que é possível dar um novo passo a partir de agora.
“Temos hoje o desafio de diversificar a economia, torná-la mais resiliente, torná-la com maior capacidade de aproveitar as novas oportunidades, nomeadamente para acelerar a transição energética, desenvolver a economia digital e economia azul, viabilizar uma agricultura de maior produtividade e rendimento, através da estratégia de água associada as energias renováveis e tornar o turismo sustentável. O estado estará sempre por detrás do impulsionamento de politicas e de reformas para conseguir esses objectivos”, disse o primeiro-ministro, em declarações reproduzidas pela RCV.
Ulisses Correia e Silva garante que o governo tem estado a implementar políticas publicas direcionadas para conseguir materializar esses desafios.
“Com a criação de um ecossistema fiscal e financeiro favorável ao investimento de micro, pequenas, médias e grandes empresas. Com investimento público na qualificação dos jovens para o emprego e para o empreendedorismo, com atração de investimento direto estrangeiro. É o que iremos continuar a fazer, massificando mais ofertas e subsidiando a formação profissional, estágios profissionais e empreendedorismo. O objectivo final é a criação de mais e melhores empregos”.
Só assim, diz o primeiro-ministro, se tem conseguido fazer diminuir as taxas de desemprego. Aumentar a inclusão social, ter famílias menos dependentes do estado.
“Incluir pelo rendimento, através do rendimento social de inclusão, da produção inclusiva, da viabilização de localidades agrícolas e piscatórias do fomento do micro-empreendedorismo e da economia social, inclusão pela igualdade e equidade do género, pela protecção das crianças, pela cultura, pela educação e pela formação, inclusão de pessoas com deficiência, pela protecção também de idosos, inclusão pela habitação, inclusão urbanística, o direito a cidade”.
Para Ulisses Correia e Silva, além de promover uma economia de mercado com rosto humano, o Estado de Cabo Verde tem responsabilidade de trabalhar para proteger, cuidar e aprimorar a democracia.
PAICV com balanço negativo da governação do MpD
Já o PAICV, através da deputada e líder do partido, Janira Hopffer Almada, fez um balanço negativo da governação do MpD nos últimos cinco anos.
No seu discurso inicial, Janira traçou aquilo que nos dá a entender que poderá ser o futuro de Cabo Verde, fundamentado numa nação inclusiva, justa e próspera com oportunidades para todos e com o PAICV no poder.
Para a deputada, e líder do PAICV, as acções do governo nestes cinco anos colocaram o futuro dos cabo-verdianos em risco e fizeram atrasar o país.
“Embora haja necessidade de urgência o governo nos últimos cinco anos trabalhou sem uma agenda ajustada a realidade e proporcionadora de rupturas tão necessárias as reformas a transformação social e económica. Analisando bem a realidade, nas próximas eleições, as perguntas a serem feitas aos cabo-verdianos são as seguintes ‘Estão a viver melhor agora do que há cinco anos?’, ”E se continuarmos a actual trajetória?’, ‘Acreditam que o futuro será melhor?’. A resposta massiva que se ouve nas ruas é um rotundo não”, diz Janira Hopffer Almada, segundo notícia da RCV.
E para se ultrapassar os desafios atuais e regressar ao caminho do crescimento inclusivo e da transformação social, diz Janira Hopffer Almada que o país precisa de uma nova agenda e de um novo compromisso para construir um Cabo Verde que seja para todos.
“A nossa visão está ancorada em seis pilares – funcionamento do estado reformando, para construirmos uma administração publica de elevado desempenho, a economia diversificando-a e alocando recursos aos sectores mais dinâmicos e produtivos, sector privado criando e alimentando um ambiente favorável aos negócios, a agricultura aumentando a produção e qualidade agrícolas, capital humano investindo nas pessoas e no desenvolvimento humano e sector social colocando ênfase na inclusão e na redução das igualdades”.
Segundo Janira Hopffer Almada a agenda do PAICV para a próxima legislatura será construir a base, empreender mudanças estruturais e desenvolver novos sectores industriais e de serviços.
C/ RCV