O Primeiro Ministro abriu hoje a sessão plenária da Assembleia Nacional sob o tema “Cabo Verde e o papel do Estado no desenvolvimento” escolhido pelo grupo parlamentar do PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde). O líder parlamentar do maior partido da oposição, Rui Semedo, defende que o país pode perder o mercado do turismo se se mantiver o plano de vacinação contra a covid-19.
Conforme a rádio nacional, na ótica de Rui Semedo vacinar 60 % da população até 2023 à razão de 20 %, por ano, é uma primeira falha do Governo, uma vez que a concorrência pretende fazer, num único ano, o que Cabo Verde vai fazer em três.
“Enquanto outros países nossos concorrentes, também países insulares estão a prever enfrentar esta situação de vacinação e resolver uma boa parte até o final deste ano, nós estamos a fixar para até o final de 2023, o que nos coloca também num problema de deixarmos uma população mais ou menos na situação de vulnerabilidade perante esta doença durante os anos de 2022 e 2023, porque a meta mais otimista com a qual se está a trabalhar é de atingirmos 20% ao longo deste ano”, afirma o líder do PAICV, citado pela RCV.
Em resposta, a líder parlamentar do MpD (Movimento para a Democracia), Joana Rosa, em conferência de imprensa, acusa o PAICV de simplesmente querer criar um caso e tentar desinformar a população, mesmo sabendo das dificuldades em termos de acesso às vacinas.
“PAICV sabe que os países ricos com populações de milhões, normalmente, têm acesso mais rápido aos medicamentos e o PAICV sabe do esforço deste governo, de uma intervenção muito inteligente para fazer tudo para que a vacina chegue ao país, o quanto antes, e para que possamos imunizar os mais vulneráveis, o quanto antes”, concluiu Joana Rosa.
C/RCV