A defesa de Alex Saab diz que existem inúmeras embarcações militares avistadas por radar à volta do arquipélago de Cabo Verde e garantem que a origem dos navios “não é conhecida”.
Citando uma fonte “credível”, a equipa de advogados do empresário colombiano, que se encontra em prisão domiciliária na cidade de Santa Maria, na ilha do Sal, adianta ainda que o ex-ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, deu ordens aos militares para não defenderem Alex Saab, no caso de uma operação de outros países, nomeadamente dos Estados Unidos da América (EUA).
“A origem desses navios não é conhecida nesta fase”, alega.
Conforme um comunicado enviado à nossa redação, a equipa de defesa de Alex Saab está a desenvolver contactos com as diferentes entidades para apurar mais sobre a origem, propósito e destino dessas embarcações e da legalidade da sua atuação.
O alegado “testa de ferro” de Nicolás Maduro, e enviado especial da Venezuela Alex Saab, detido em Cabo Verde desde 12 de Junho de 2020 a pedido dos Estados Unidos, foi colocado em prisão domiciliária no dia 25 de Janeiro, enquanto aguarda a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre a sua extradição.
Histórico
Detido a 12 de junho no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, num voo privado a caminho do Irão, Saab viu o Tribunal da Comarca de Barlavento autorizar a sua extradição para os Estados Unidos a 4 de Janeiro.
A justiça americana, que pediu a sua detenção e extradição, diz que Saab é um testa- de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o acusa de lavagem de capitais no montante de 350 milhões de dólares através do sistema financeiro dos Estados Unidos.
O Governo da Venezuela afirma que ele tem imunidade diplomática e que estava a serviço do país, enquanto a defesa também já recorreu à Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas e ao Tribunal da CEDEAO.