José Fernandes, conhecido por Djô, morreu na noite de sábado para domingo, em Lisboa, Portugal, vítima de complicações respiratórias. Foi uma das mais destacadas vozes da onda musical cabo-verdiana dos anos 80.
Natural de São Vicente , Djô iniciou a sua carreira na música nos Salesianos, de onde surgiram alguns dos mais conhecidos artistas cabo-verdianos. Integrou o grupo musical de Nho Knik, pai do artista Tito Paris, e gravou o seu primeiro disco com o renomado Luís Morais.
Juntamente com Norberto Tavares, Djô integrou ainda o grupo Black Power, e mais tarde o África Star, antes de se lançar numa carreira a solo.
De acordo com o jornalista Valdir Alves, nos últimos tempos o produtor Zé Orlando estaria a preparar uma homenagem ao cantor, que acabou por não se concretizar devido à pandemia.
“Djô passou uma temporada nos EUA onde fez muita amizade e fez o público recordar os bons velhos tempos de uma época musical marcada pelo Tulipa Negra, a nova geração do Voz de Cabo Verde, Os Apolos e outros grupos que animavam as noites de Lisboa e cujos LPs chegavam até nós”, recordou.
O artista Nando da Cruz, na sua página do Facebook, também se mostrou bastante sensibilizado com esta perda para a música cabo-verdiana. “Estou muito triste e muito magoado com a notícia do falecimento do meu ídolo, o cantor Djô de África Star. Eu sempre tive um sonho de realizar um show para o Djô em Cabo Verde e eu ia realizar esse sonho se tivesse tido apoio”, declarou o artista.
Cabo Verde perde assim mais um ídolo da música das ilhas, que deixará certamente saudade nos fãs das músicas dos anos 80 que animavam as pistas de dança.