A Guiné–Conakri declarou domingo, último, a existência de uma epidemia de Ébola no país na sequência da morte de três pessoas enquanto outras quatro foram hospitalizadas com esta doença que causa febre repentina, dores de cabeça, vómitos e diarreia.
“Estamos perante uma epidemia”, anunciou o diretor-geral da Agência Nacional de Segurança Sanitária, Sakoba Keita, após uma reunião de emergência na capital. “Na madrugada, o laboratório de Conakri confirmou a presença do vírus Ébola”, acrescentou aquele responsável.
Uma enfermeira morreu no início do mês e oito pessoas que participaram no seu enterro manfifestaram mais tarde sintomas da doença e três morreram. Quatro outras foram hospitalizadas.
As mortes ocorreram na rgião de Nzerekore no sudeste do país. Sakoba Keita, disse que um outro paciente tinha “escapado” mas foi posteriormente encontrado e hospitalizado na capital Conakri.
“Face a esta situação e de acordo com as regulamentações internacionais de saúde, o governo guineense declara existir uma epidemia de Ébola”, disse o ministério da saúde que acrescentou estarem a desenrolar-se esforços para identificar e isolar os contactos dos casos já detectados.
Um centro de tratamento vai ser aberto em Goueke perto de Nzerekore e as autoridades pediram também à Organização Mundial de Saúde, OMS, para fornecer vacinas.
OMS avisa sobre “potencial resurgimento” da doença na África Ocidental
O director regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, expressou, ontem, Domingo, preocupação e informou, através da rede social Twitter, que aquele organismo “está a acelerar os esforços de preparação e resposta para o potencial ressurgimento do Ébola na África Ocidental”.
A OMS também expressou a sua preocupação com o provável ressurgimento do Ébola na Guiné-Conacri, país que esteve na origem, no final de 2013, de um surto do vírus na África Ocidental que fez pelo menos 11.300 mortes, o maior da história desta epidemia.
O vírus do Ébola causa febre repentina, dores de cabeça, vómitos e diarreia e foram desenvolvidas duas vacinas para o combater, mas até agora não há tratamento para a doença.
Doença reaparece no Congo Democrático
O vírus Ébola foi identibcado pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire, actual República Democrática do Congo.
Na Quinta-feira, 11 de Fevereiro, a OMS confirmou o reaparecimento da doença na República do Congo onde as autoridades tinham anunciado em Novembro o fim da última epidemia da doença que causou 55 mortes em 130 casos.