A vítima tem 98 anos e segundo os familiares teria sido agredida física e sexualmente por um morador, que ao que tudo indica é doente mental. Apesar de todas as denúncias e do acusado ter sido detido várias vezes pela Polícia Nacional, por supostamente se tratar de um doente mental, nenhuma medida foi tomada, a nível superior, até agora.
De acordo com o sobrinho, a tia-avó tem vindo a sofrer, quase que diariamente, agressões e abuso sexual, perpetrados por um jovem na casa dos 20 anos de idade.
Nesta quarta-feira, relata, a idosa amanheceu com um braço inflamado em consequência da violência que vem sofrendo. Apesar de acionar a Polícia Nacional, essa força de segurança diz não poder fazer mais nada a respeito.
“A polícia faz o seu trabalho. Ele sempre é levado para o hospital, mas cinco minutos depois está na rua novamente”, alega a nossa fonte.
Segundo o sobrinho, a idosa vive com uma filha, mas esta sofre de problemas mentais e não tem capacidade para cuidar da mãe.
“Muitas vezes ela é socorrida por um rapaz africano que tem uma barraca de costura junto da sua casa. Este, ao ouvir os seus gritos vai em seu socorro”, explica.
Uma situação que, segundo diz, não é fácil de encarar sem poder fazer nada, motivo pelo qual teme pelo que pode acontecer, tanto com a vítima como com o agressor.
“Eu penso por mim, mas não consigo pensar pelos meus irmãos ou pelo neto que veio do Sal para visitá-la”, alerta.
Polícia confirma denúncia
Contactado pela Inforpress, o comandante da Esquadra Policial da Ribeira Grande, Adelino Monteiro, confirmou que houve uma denúncia por parte dos familiares.
“Presume-se que o rapaz pode ter abusado, ou não, da idosa, mas nós o que fizemos foi entregar um guia à acompanhante da vítima para a levar ao hospital, para que o médico pudesse constatar se houve ou não agressão sexual”, explicou o comandante.
Adelino Monteiro afirmou ainda que sempre que a Polícia recebe denúncias sobre o rapaz eles fazem a averiguação e o encaminhamento para o poder judicial.
“Inclusive, ultimamente ele foi detido e apresentado ao tribunal como se fosse uma pessoa normal quando, na prática, o seu comportamento leva-nos a presumir que ele sofre de distúrbios mentais, mas não cabe a nós fazer esse diagnóstico”, terminou.