PUB

Política

Estudo revela que 42% dos cabo-verdianos não conhecem a lei da paridade

Boa parte dos cabo-verdianos ainda não conhece a lei da paridade. Apesar de uma avaliação positiva na globalidade, ainda há reservas quanto à sua eficácia. São conclusões do estudo sobre a qualidade da democracia e boa governação, realizado com base em inquéritos feitos em Dezembro de 2019, pelo Afrobarómetro, em parceria com a Afrosondagem.

De acordo com o director-geral da Afrosondagem, José Semedo, que esta manhã apresentava as conclusões do estudo à Rádio de Cabo Verde, a primeira questão importante está relacionada com o conhecimento da lei.

“Os principais agentes políticos falam muito da lei da paridade, mas o estudo revela que 42% dos cabo-verdianos não conhece a lei, apesar da sua importância e do próprio impacto que tem a nível político, nomeadamente na composição das listas”, revela, pontuando que a sua divulgação é um aspecto a ser melhorado.

Outra conclusão interessante está relacionada com a influência desta lei na participação feminina na esfera política.

Segundo José Semedo, a maioria da população acredita que a lei vai aumentar a participação das mulheres na política. Contudo, a maior desconfiança foi assinalada no seio do próprio universo feminino.

Por parte dos homens – 41% –  há uma maior concordância em que essa lei irá aumentar a participação das mulheres. Do lado feminino, apenas 35% partilham desta expectativa.

Poucas mulheres ocupam lugares de destaque

A análise do primeiro teste da lei da paridade, nas eleições autárquicas de Outubro de 2020 permite concluir que, na composição das listas, poucas mulheres tiveram acesso aos lugares de destaque.

Para as legislativas de Abril de 2021 este é o novo desafio, particularmente para os dois maiores partidos, segundo aponta a mesma fonte.

“No caso do PAICV, na maior parte dos círculos, há uma representação considerável das mulheres nos lugares de destaque. Já no partido no poder, o MpD, a disputa pelos cargos é bem mais acirrada e, neste caso, daquilo que nós temos conhecimento, ainda há uma maior preponderância de homens para os lugares de destaque”, explica José Semedo, para quem só o tempo vai determinar os reais efeitos da lei da paridade na participação das mulheres nas listas e na ocupação de cargos políticos. 

C/RCV

PUB

PUB

PUB

To Top