Ao todo foram cinco anos a “botar abaixo” as barragens. E eis que a dois meses das eleições legislativas, tal como o programa Casa para Todos, se resolve agora em força e sorrisos inaugurar sistemas hidro-agrícolas a jusante das barragens. Se o ZIG ouviu bem, segundo UCS, “só a construção das barragens não chega”. Claro que não, Vexa, V. Senhoria tem toda a razão. Mas, diante de tamanha descoberta, pergunta o parvo do Contribuinte: “Os sistemas agrícolas poderiam ser inaugurados sem a água armazenada nas barragens?…” Sem galinha haveria omelete?… E o galo, como é que fica?… No meio de tanta “cara podre”, quanto é que se perdeu com a política de terra queimada numa terra a clamar por água? O maquiavelismo que dita certas decisões momentâneas deveria ser penalizado por crime de lesa Cabo Verde.
Boa gestão… bom juízo
Felizmente, com a evolução do pensamento estratégico em torno da água acumulada pelas barragens, longe vai o tempo em que os rabentolas fomentavam o “assalto” à água por ser património do Povo! Zig recorda como hoje da reportagem de então que dava conta que, por causa desse rebentolismo, muitos agricultores que utilizavam a água da barragem de Poilão, tiveram que vender os seus equipamentos de rega gota-a-gota porque havia água de sobra. Agora, segundo o ministro Gilberto Silva, é preciso uma “boa gestão” do precioso líquido… acumulado nas barragens. Exactamente, o mesmo que dizia a pessoa que o antecedeu no cargo. E oxalá que doravante o bom juízo prevaleça.