O Ministro da Administração Interna (MAI), Paulo Rocha, considera que as actividades da Câmara Municipal da Praia, previstas por ocasião do carnaval respeitam o espírito da lei.
O programa da edilidade praiense contempla uma exposição de peças e artefactos relativos ao carnaval na Casa Padja, e demonstrações de desfile da festa do Rei Momo na arena e espaços do parque. Participam nos desfiles todos os grupos carnavalescos oficiais da cidade da Praia.
Segundo a RCV, Paulo Rocha diz ter informações que os espetáculos previstos serão de acesso controlado, actividades perfeitamente aceitáveis.
“As informações que nós dispomos é que não se fará um desfile, que se fará uma exibição, um espetáculo controlado. Ouvi bem as declarações da senhora vereadora, no sentido de que as pessoas serão em reduzido número, haverá um controlo efectivo de acessos, os lugares deverão ser sentados, obrigatoriamente, é o que diz a lei e que no plano do espetáculo, isso é perfeitamente aceitável, desde que haja um efectivo controlo para que não haja movimentação interna para que as pessoas usem máscaras e cumpram com os procedimentos”, disse em declarações reproduzidas pela rádio pública.
O ministro reagia a informações divulgadas pela imprensa que dão conta que o programa de actividades da CMP, que pretende celebrar o carnaval, contraria as medidas de prevenção contra a propagação da covid-19, emanadas pelo governo.
Conforme um decreto do governo, ficariam proibidas festas e eventos em locais públicos para precaver a aglomeração de pessoas.
Ministro contra
Na sequência de divulgação do cronograma pela CMP, o ministro da cultura, Abraão Vicente, posicionou-se contra o programa de actividades da edilidade. Este governante chegou mesmo a apelar ao sentido de responsabilidade e espírito de solidariedade com os cabo-verdianos.
“Só pode ser uma provocação, pois o espírito da lei é claro: estão proibidos qualquer tipo de ações organizadas com vista a celebrar o carnaval no dia 16 de fevereiro 2021. Apelo ao sentido de responsabilidade da autarquia praiense. Se todos não celebram, ninguém celebra, principalmente quando financiado pelo dinheiro público. E se outras câmaras municipais e instituições decidirem fazer ‘pequenas demonstrações’? Não podemos baixar a guarda contra a COVID-19”, escreveu Abraão Vicente, na sua conta do facebook, na segunda-feira passada.
