O objetivo deste reajuste visa adaptar as rendas das habitações ao rendimento de cada família. Além disso, os governos, local e central, pretendem retirar as pessoas das barracas e proporcionar a ligação de energia, água e rede de esgotos no bairro da Boa Esperança.
Neste momento, cerca de 200 famílias encontram-se realojadas pelo gabinete de realojamento no bairro da Boa Esperança, no âmbito do programa Casa para Todos e, nos próximos dias, mais de 60 famílias vão assinar os seus contratos das referidas habitações.
Devido às muitas reclamações sobre os valores avultados das rendas, o Governo anunciou que vai ser feita a revisão do Cadastro Social Único, bem como rever o protocolo de realojamento.
“Uma das decisões que já se tomou a nível do Governo é rever a questão da renda, colocá-la ao nível que as pessoas possam pagar e acoplá-la ao rendimento, ao seja, quem está a trabalhar paga uma percentagem de acordo com o seu rendimento, que seja compatível com a situação atual da Covid-19 e quem não está a trabalhar e que já está selecionado, não paga”, anunciou Fernando Elísio Freire, ministro da Família e Inclusão Social, que está de visita à ilha.
O presidente da Câmara Municipal da ilha, por sua vez, garantiu que vai ser criado um gabinete para trabalhar em todo este processo, com o suporte do Governo.
“A câmara municipal vai liderar este processo e temos todo o apoio do Governo. Inicialmente para trabalhar com a ligação de energia e a água e, de seguida, todo o trabalho vai ser feito em relação à rede de esgoto”, assegurou Cláudio Mendonça.
O presidente da câmara avançou, por fim, que estas mudanças serão para breve, tendo em conta que já dispõem da equipa técnica, de “uma perspetiva orçamental” e dos equipamentos.
“Acredito que já dentro de poucos dias, finais de fevereiro/inicio de março, tudo funcionará em pleno”, finaliza.
C/ RCV
