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Rússia: Mais de dez mil detidos em protestos contra prisão de Navalny 

Mais de dez mil já pessoas foram detidas na Rússia, desde o início do movimento de protesto contra a prisão do activista Alex Navalny, em Janeiro.

 Muitos manifestantes permaneceram amontoados nos autocarros, detidos “em condições terríveis e sufocantes, sem comida e sem poder ir à casa de banho por várias horas”, denuncia o responsável da OVD-Info, Grigori Dournovo, citado pelo jn.pt.

“É muito difícil para advogados e juristas o acesso às esquadras. Eles não os deixam entrar, tornou-se sistemático”, acrescentou Dournovo.

Desde as primeiras manifestações pró-Navalny, em 23 de Janeiro, seis dias após a prisão do opositor, mais de dez mil pessoas foram detidas na Rússia, de acordo com relatos do OVD-Info.

Segundo a Organização, quatro mil pessoas foram detidas em 23 de janeiro, cinco mil e 700 durante as manifestações de 31 de Janeiro e mil e 400 na terça-feira, 2, após a condenação de Alexei Navalny a dois anos e meio de prisão.

Numerosas publicações em redes sociais e nos media russos independentes relatam as difíceis condições em que os manifestantes estão detidos.

As autoridades estão a usar, ainda, outras abordagens para impedir os russos de participarem nos protestos pró-Navalny.

A prisão e condenação de Alexei Navalny, bem como a repressão aos protestos pedindo a sua libertação, gerou um clamor internacional e muitas condenações em todo o Mundo, o que pode levar a novas tensões entre a Rússia e o Ocidente, com Moscovo a minimizar as críticas.

Um Tribunal russo condenou, na terça-feira, Alexei Navalny a dois anos e meio de prisão, por violação de liberdade condicional.

O juiz decidiu que Navalny violou a liberdade condicional, por não ter comparecido às autoridades competentes, no ano passado.

Navalny, de 44 anos, foi detido em 17 de Janeiro ao regressar da sua convalescença de cinco meses na Alemanha, após um suposto envenenamento que o opositor atribuiu ao Kremlin, apesar dos desmentidos das autoridades russas.

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